A brasileira
Dilma Rousseff será a primeira chefe de Estado a discursar, hoje, na 68.
Assembleia Geral das Nações Unidas, esperando-se que aborde a espionagem global
que a fez cancelar a visita aos Estados Unidos.
"As práticas ilegais de intercetação das comunicações e dados
de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem um facto
grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e
incompatível com a convivência democrática entre países amigos",
sustentou a Presidência brasileira.
A espionagem ao Brasil, divulgada pela TV Globo no dia 01 de
setembro, foi conhecida através de documentos dos serviços secretos dos
EUA tornados públicos por Edward Snowden.
Hoje, caberá à Presidente do Brasil abrir as elocuções de chefes
de Estado e outros líderes, que se prolongarão durante uma semana, em
Nova Iorque.
Perante a Assembleia Geral, Dilma Rousseff não deverá perder a
oportunidade para deixar um recado à comunidade internacional, até porque
o senhor que se segue nos discursos é o Presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama.
Os restantes sete países lusófonos discursarão na Assembleia
Geral, mas apenas Moçambique, Timor-Leste e Guiné-Bissau o farão ao mais
alto nível, pelos respetivos chefes de Estado: Armando Guebuza (hoje),
Taur Matan Ruak (quarta) e Serifo Nhamadjo (quinta-feira).
Angola estará representada pelo vice-presidente Manuel Vicente,
que intervirá na manhã de sexta-feira, e Cabo Verde pelo
primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, que falará no
sábado.
Portugal terá à cabeça da sua delegação o ministro dos Negócios
Estrangeiros, Rui Machete, que discursa no sábado. Caberá também à chefe
da diplomacia Natália Umbelina representar São Tomé e Príncipe, no dia
01, último dia dos discursos.
A 68. Assembleia Geral das Nações Unidas tem na agenda a resposta
a crises globais, sendo a mais premente a da Síria, a reforma do
Conselho de Segurança e os progressos no desarmamento.
A pouco tempo do prazo-limite para os Objetivos do Desenvolvimento
do Milénio -- as oito metas que as Nações Unidas consideraram que podiam
ser atingidas até 2015 --, a Assembleia Geral vai também tentar fixar os
parâmetros da agenda para o desenvolvimento a seguir após essa
data.
Da agenda da 68. Assembleia Geral constam três encontros de alto
nível: um sobre mulheres, jovens e sociedade civil; outro sobre direitos
humanos e Estado de Direito; e o terceiro sobre cooperação Sul-Sul,
cooperação triangular e informação e tecnologia para o
desenvolvimento.
Haverá ainda três debates temáticos: sobre o papel das parcerias;
sobre a importância de sociedades estáveis e pacíficas para o
desenvolvimento; e sobre o contributo da água, do saneamento e da energia
sustentável para a agenda pós-2015.
=SIC/Notícias=
Sem comentários:
Enviar um comentário