Desde que comecei a trabalhar, fi-lo de
dia e de noite, trabalhando não apenas para viver decentemente, sem dever nada
a ninguém. Descontei desde o primeiro dia, para poder ter uma reforma que me
permitisse viver de cara levantada, como foi sempre o meu apanágio.
Também dei o corpo ao manifesto pelo meu
país em terras africanas, Guiné durante quatro anos como oficial do exército,
vindo de lá ferido para a vida.
Nunca me queixei enquanto fui
respeitado, embora nada tivesse recebido em troca, tendo sempre considerado ser
meu dever defender a Pátria.
Hoje, prezados mentirosos que afirmam
governar Portugal, sinto vergonha não do meu país, mas de vós, prezados
mentirosos que nos roubais constantemente.
Sinto-me triste e cheio de vergonha pelo
que afirmais com cara de sérios, quando
não passais de mentirosos e de ladrões que vos limitais a espoliar-nos de tudo
quanto podeis, ficando-vos nas encolhas ao abrigo de leis que fazeis e que
defendem apenas os vossos interesses.
Pretendeis aumentar os vossos roubos
descarados com novos impostos e taxas, sem vos lembrardes de que fomos nós, os
da minha geração que mais lutou para que se conseguisse que Portugal
conhecesse, enfim, a democracia. Lutamos para que os portugueses todos pudessem
conhecer o que é viver em liberdade, que detestais e pretendeis fazer-nos
regredir aos anos da opressão e da repressão.
Vós, uma cambada de “ganapada” mesclada com um que deveria limitar-se a gozar todos os seus milhões ganhos sabe Deus
como, e com a ajuda do BPN também.
Ainda não ereis nascidos, mentirosos, e
já eu trabalhava e lutava por um país melhor, mais solidário e sem sombras de
pecado dictatorial.
E que fazeis vós, prezados mentirosos e
ladrões? Roubais-nos do que tanto nos custou a conseguir.
Tende cuidado, todavia, pois a má
disposição do senhor Silva em relação aos jornalistas, repetindo quatro vezes a
mesma coisa, pretendendo explicar qual o verdadeiro papel do presidente da República;
que bom seria se soubesse representá-lo cabalmente…!
Um dia, como se dizia antigamente,
haveis também cair do pedestal onde vos colocasteis, porque apesar de tudo, não
passais de simples e meros seres humanos que, infelizmente, recebesteis o voto
de uma maioria de cidadãos…
Tendes ainda muito a aprender e deveis
começar a pensar seriamente em pedir perdão aos portugueses por todo o mal que
lhes tendes feito, duvidando, todavia, que vos perdoem.
Sabeis porquê? Porque se antigamente a
maioria pedia perdão a Deus para morrer em paz, hoje tudo se paga neste
mundo, caros mentirosos!
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