Vasco Lourenço inconformado com
país dirigido "por corruptos e aldrabões"
Vasco Lourenço, um dos
intervenientes da revolução de abril de 1974, afirmou, num encontro de
militares em Alcáçovas, Évora, estar inconformado com um "país sequestrado
pelo medo" e dirigido "por corruptos, por aldrabões, por pessoas sem
ética nem moral".
Vasco Lourenço
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Num encontro em Monte Sobral, Alcáçovas, para
assinalar os 40 anos da fundação do Movimento dos Capitães, Vasco Lourenço
elogiou a revolução dos cravos, que pôs termo à ditadura, mas admitiu que não
se aproveitou o 25 de Abril para construir "um país melhor do que o que
hoje" existe.
O militar disse estar inconformado por Portugal se ter
tornado "num protetorado de forças estrangeiras" [numa alusão à
troika] e estar a ser dirigido por pessoas que "tudo espezinham para
manterem lugar à mesa dos poderosos".
Por isso questionou: "Porque não sonharmos que
poderemos, hoje e aqui, voltarmos a dinamitar uma situação que parece
inexpugnável?".
No encontro, os militares
aprovaram uma moção, e posterior recolha de assinaturas, contra a privatização do
abastecimento de água no país, para simbolicamente mostrar "um sinal
inequívoco de que a degradação do país tem que parar, de uma vez por
todas".
Os portugueses "não controlarem a energia, as
comunicações, os transportes, os serviços de saúde, a educação (...) falta
tirarem-nos a segurança social e a água", acusou.
Em causa está a reorganização do serviço de
abastecimento de água e saneamento de águas residuais que, no entender dos
militares, abre "as portas à privatização das atividades de captação,
tratamento e distribuição de água para consumo público".
Artigo Parcial
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