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terça-feira, 10 de setembro de 2013

«JUROS, INFLAÇÃO E CRESCIMENTO»

Nunca tive dúvidas de que a inflação voltaria logo que a equipa económica do actual governo começasse a baixar os juros. Não é de hoje que Portugal tem grandes dificuldades de manter a inflação em níveis toleráveis, com juros baixos e crescimento.

É importante que os juros se mantenham baixos, pois só assim o país pode crescer e a gerar emprego. Porém, nada é pior que a inflação, principalmente para a classe média e os mais pobres.

Como resolver a equação, então, para que tenhamos jurosd baixos, a descida da inflação e o crescimento?

 Resposta: em Portugal é impossível manter os juros baixos com  tão elevado consumo de crédito e sem aumento da inflação. E sabem porquê? Porque em Portugal não existe mercado produtivo competitivo. O que temos são cartéis, que não limitam as ambições e egoísmos.

Para que se consiga manter baixos os juros, com crescimento e descida de inflação, será necessário que Portugal tenha oferta dos seus mais diversos produtos, dentro do mercado produtivo e competitivo diversificado, o que não existe no nosso país, devido às mais variadas ganâncias e os mais variados interesses.

Analisemos e perceberemos que poucas empresas atendem o mercado consumidor português. Quantos supermercados existem no país de proprietários diferentes? Muito poucos. São algumas redes concentradas em dois ou três proprietários. Por todo o país existem praticamente dois ou três. Quem fornece o gás butano? E isso pelo país, uma espécie de monopólio cartelizado, sabendo-se dos acordos que fazem  entre si nos preços dos combustíveis, que tantos danos oferecem ao povo português.

Desde há anos que os governos não fazem o que deveriam, isto é, diversificar o mercado produtivo e, daí, o fracasso nas tentativas de manter o crescimento económico no país, a inflação controlada e com uma taxa de juros baixa.

O mercado produtivo está a cada dia que passa mais concentrado nas mãos de poucos, de cartéis.

Portanto, a solução seria diversificar o mercado produtivo, aumentando a competitividade, pois só desse modo se poderia conviver com a inflação baixa e juros a baixo nível e crescimento, mas também emprego. Infelizmente, Portugal está muito longe de ter um mercado produtivo e competitivo, e por isso amargamos na vida com todos os cortes nos salários e nas pensões de reforma, como toda a austeridade que não conduz a lado algum, a não ser a miséria e a fome de todo o povo português, graças ao subdesenvolvimento social que está aí para durar por muitos anos, se entretanto o actual governo não for travado.


Não sou economista, mas entendo que, quando se tem oferta em quantidade nas mãos de muitos, acontece a competitividade e os preços baixam. E também se não compreende a atitude da autoridade da concorrência que a tudo se cala, mesmo sabendo que o povo é o único lesado. Ou talvez por isso…?

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