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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Militares de partida para o Kosovo impedidos de votar

Antigo Chefe de Estado Maior da Armada considera o assunto gravíssimo e critica as autoridades por não terem acautelado o direito de voto de quem está fora do país.
Começa esta quinta-feira o período de voto antecipado para os eleitores que, por motivos de força maior, não possam votar no local onde estão recenseados, mas os militares que hoje partem para o Kosovo não o vão poder aproveitar e queixam-se de terem sido impedidos de exercer o seu direito de voto nas autárquicas de dia 29.

“Há camaradas que partem exactamente na madrugada de dia 19 para uma missão que se estende para além do dia das eleições e procuraram informação sobre como poderiam exercer o seu direito de voto”, explica à Renascença o presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, acrescentando que “a reposta obtida é que, de acordo com a informação da Comissão Nacional de Eleições, não há hipótese de alterar a data de voto antecipado".

“Não apresentando outros mecanismos alternativos – como o voto por correspondência ou outros – é informado a estes militares que não podem exercer o direito de voto”, adianta.

Além dos 48 militares que partiram esta madrugada, não vão poder votar os que já se encontram em missões no estrangeiro, uma vez que a legislação sobre as eleições autárquicas não permite o voto por correspondência.

O assunto é “gravíssimo”, classifica o antigo Chefe de Estado Maior da Armada, Almirante Melo Gomes.

“São assuntos sérios, que deviam ter merecido outra atenção da parte dos poderes públicos no sentido de que pelo menos o direito de voto não seja retirado aos cidadãos”, critica.

=Renascença=

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