Antigo Chefe de Estado Maior da Armada considera o assunto
gravíssimo e critica as autoridades por não terem acautelado o direito de voto
de quem está fora do país.
Começa
esta quinta-feira o período de voto antecipado para os eleitores que, por
motivos de força maior, não possam votar no local onde estão recenseados,
mas os militares que hoje partem para o Kosovo não o vão poder aproveitar e
queixam-se de terem sido impedidos de exercer o seu direito de
voto nas autárquicas de dia 29.
“Há
camaradas que partem exactamente na madrugada de dia 19 para uma missão que se
estende para além do dia das eleições e procuraram informação sobre como
poderiam exercer o seu direito de voto”, explica à Renascença o presidente da
Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, acrescentando que “a
reposta obtida é que, de acordo com a informação da Comissão Nacional de
Eleições, não há hipótese de alterar a data de voto antecipado".
“Não
apresentando outros mecanismos alternativos – como o voto por correspondência
ou outros – é informado a estes militares que não podem exercer o direito de
voto”, adianta.
Além dos 48 militares que partiram esta madrugada, não vão poder votar os que já se encontram em missões no estrangeiro, uma vez que a legislação sobre as eleições autárquicas não permite o voto por correspondência.
Além dos 48 militares que partiram esta madrugada, não vão poder votar os que já se encontram em missões no estrangeiro, uma vez que a legislação sobre as eleições autárquicas não permite o voto por correspondência.
O
assunto é “gravíssimo”, classifica o antigo Chefe de Estado Maior da Armada,
Almirante Melo Gomes.
“São
assuntos sérios, que deviam ter merecido outra atenção da parte dos poderes
públicos no sentido de que pelo menos o direito de voto não seja retirado aos
cidadãos”, critica.
=Renascença=
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