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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

«POLÍTICOS? SÃO O QUE SÃO…!»

Se possuem virtudes, são tão ténues que dificilmente delas nos apercebemos. Resta ver se eles foram concebidos a mentir e se assim foi, deveriam desde a infância ter sido submetidos a um método de orientação que, exactamente os conduzisse ao caminho da rectidão … da verdade.

Quando um político fala, tomando ares de seriedade, pouco adianta lastimar-se, erguer as mãos ao céu, pedir a Deus que os cale. Pessoalmente, em determinados casos, mudo de canal televisivo e recuso ler nos jornais tudo quanto dizem, sentindo-me diante de uma tarefa esmagadora e de um obstáculo intransponível, raciocinando com calma.

É difícil ser um comerciante honesto, um empregado consciencioso, um magistrado íntegro, um patrão justo, um médico devotado, um advogado de talento. É a própria vida que é difícil, se se quer resistir às solicitações do interior e do exterior, se se deseja repelir os maus conselhos e os compromissos.

Ser um político sério, que odeie a mentira, que as não profira constantemente, pois pensa que só obtém êxito na “sua missão” se se limitarem a mentir-nos, ora prometendo melhor nível de vida, ora novas formas de estar na “sua arte”, desencadeando todo um churrilho de mentiras que sabe serem o que são.

Logo, os políticos são o que são, sabem que o são, mas sabem também que, se se recusarem a mentir, o povo deixa de os ouvir e de pretender acreditar no que dizem, de tal modo é tão maltratado, precisamente para que eles possam ser como são.

Educar uma criança – e com maior razão várias delas – supõe uma luta que é preciso travar e ganhar a toda a hora. E nunca se sabe bem o desastre que um erro, e menos que isso, que uma falha estratégica ou táctica pode causar.

Mas, se tudo é tão difícil – e é-o – porque nos esforçarmos para torná-lo ainda mais difícil?

Reconhecemos, por exemplo,  que uma grande obra da educação é impossível sem autoridade. Daí se retirar aos professores, educadores e mestres toda a autoridade. E sem autoridade, nascem aqueles que mais tarde se tornam nos monstros que dirão – se lho permitirem – estarem aptos a governar o país. E porque se mina essa autoridade?

Primeiro, em nome da democracia, que também não respeitam, da forma como se encaram hoje os comportamentos humanos desde a infância à adolescência e até à idade adulta, permitindo que os mais jovens sejam quem mais ordena em casa, transportando esse poder para a escola, onde os professores se limitam a explicar e tentar cativar a curiosidade dos seus alunos, mas em vão, já que as novas tecnologias – e por culpa dos pais que lhas oferecem – pouco mais são que figuras de corpo presente, uma vez que não mais pode manter a disciplina necessária para que dali saiam mulheres e homens íntegros, porque os maus hábitos e usos já começaram a sua devastação, sem hipóteses de qualquer retorno.


Por isso, senhoras e senhores, os políticos são aquilo que são e dali não saem!

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