Diz-se que o que mais custa é perder os maus
hábitos que, geralmente, se transformam em vícios, neste caso que saem caros
aos cidadãos nacionais.
Todos os partidos têm a sua sede nacional em
Lisboa e delegações pelo país. Mas, chegada a altura, mudam-se para hoteis de
luxo, tomando andares como sedes de campanha, tudo à custa dos contribuintes.
Durante a campanha, tanto se ouviu criticar o
desperdício, os gastos superfluos, mas o vício e o delírio das grandezas, de
tal modo enraizados naqueles que se candidatam – até a autarquias – pode mais
que todas as demonstrações de miséria que grassam pelo país. Resumindo,
estão-se nas tintas para o martirizado povo.
Pegando num caso e noutro, por exemplo o de
Lisboa, o senhor António Costa tomou o décimo terceiro piso do hotel Altis,
isolando outros dois, talvez para que não hovesse intrusos como sede de
campanha, o mesmo acontecendo em Gaia com três candidatos, cada um no seu hotel, como se as sedes
partidárias lhes não bastassem para esperarem saber os resultados finais da
votação dos portugueses.
Talvez, não sei, prefiram assim para poderem
estyar com os seus familiares bem perto de si, e, ao mesmo tempo, longe dos “parvalhões”
que neles votaram, de onde poderiam surgir abraços desses “sujos, suados e mal-cheirosos cidadãos” que, afinal,
são quem pagará, uma vez mais, a factura por eles apresentada.
Temos de convir, queira-se ou não, que isso é
uma vergonha nacional e que deveriam ser os próprios a fazê-lo do seu próprio
bolso. E se o não fizessem voluntariamente, que ficasse retido na fonte o montante
estipulado.
Muitos portugueses poderiam comer,
alimentar-se e alimentar os filhos durante bastante tempo com o que se gasta de
mal e muito mal na política e com os políticos.
Mas, eles preferem assim, só para dar nas
vistas e, sobretudo, para mostrarem que afinal existem muitas diferenças entre
os cidadãos de primeira – eles – e os de quarta ou quinta categoria – os demais.
E, paradoxalmente, andam os portugueses, que
sabem que irão continuar a ser roubados e a ser espoliados, atrás desta gente
que, sem dó nem piedade os pisa de forma constante.
Ou seja, e como disse o outro, bastará fazer
as contas a todas essas despesas esbanjadoras num país em crise, sobretudo o seu povo, para se poder aquilatar
quanto somos roubados impunemente.
Poder-se-á admitir que candidatos
independentes arrendem um local/sede de campanha, mas nunca que membros dos
grandes partidos nacionais o façam, como que rindo-se nas nossas barbas da
miséria que alastra no país a cada dia que passa.
Há ainda muito a fazer, e cabe aos
portugueses fazê-lo, para acabar com todos esses “direitos” dos candidatos a
autarcas e a outros cargos políticos, que colidem com o interesse nacional.
Já alguém se perguntou porque nos custam
tantos milhões umas eleições?
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