Agora, quando se ouvem várias vozes, umas a criticar e outras, aduladoras,
a felicitar o governo pela sua condução, com a troika, as questões da dívida
pública, quando se aproximam eleições autárquicas, pretendem chantagear os
cidadãos e o Tribunal Constitucional, se chumbar mais hipotéticas
inconstitucionalidades decididas pelo governo, dizendo que corremos o risco de
um segundo resgate de que se não ouvem ecos no estrangeiro.
Segundo os governantes, que correm o risco de serem derrotados nas eleições
autárquicas e seguidamente nas legislativas, eles, que pretendem eternizar-se
no poder para controlarem tudo e todos, continuando os massacres ao povo
português, vêm alarmar com um segundo resgate, mesmo se Paulo Portas avança que
já nos encontramos nos primeiros degraus da escadaria que conduzirá a nação à
paz e à tranquilidade.
SE houvesse em Portugal um presidente à altura, dissolveria a Assembleia da
República e convocaria eleições antecipadas, coisa que as oposições há muito
solicitam devido a todas as mentiras proferidas pelos elementos da maioria
actual, pondo termo às tais incertezas.
Infelizmente, temos o que temos, o que já é demasiado para um povo só, que
deverá suportar toda a austeridade social, económica e laboral. Para dar ares
de verdade a um argumentário que não “cola”, fazem apelo, agora, a um outro, o
da profunda dificuldade de Portugal aos mercados, devido aos pedidos de
demissão de Gaspar e Portas, da qual “falou” – segundo eles – o analista do
ntal banco alemão, David Schnautz.
Ora, se em política nunca pode haver certezas, como se pode esperar uma
qualquer clarificação até Novembro relativa a uma segunda ajuda financeira –
resgate – como dizem felizes, já que desse modo podem agir de modo a colocar os
portugueses ainda mais na miséria?!
Uma coisa é certa. Na Croácia fecharam as portas dois bancos e ninguém
falou de crise sistémica, ninguém mostrou medo que tal acontecesse, o povo
aguentou-se bem e foi poupado. Só em Portugal deverá continuar a ser massacrado
como nos tempos do fascismo.
É evidente que o que realmente se teme, que eles têm medo, é que a frágil
coligação seja pressionada pelas oposições que, estou convencido, não se
pouparão a esforços para o fazer, obrigando-a a tomar novos rumos ou, no melhor
dos casos, a demitir-se.
Entretanto, depois de alguns terem afirmado que deverão calar-se
determinadas bocas da coligação, para que melhor possam manter-nos na “abjecta
ignorância pretendida”, as vozes autorizadas dizem que “Portugal está a fazer o
que pode” – e os portugueses o que não podem – para evitar semelhante cenário.
Estou plenamente convencido de que o grande medo do senhor Pedro é que Frau
Merkal não volte a ter uma maioria absoluta nas eleições de amanhã e deva
negociar a estabilidade política na Alemanha com o SPD, causando, aí sim, uma
certa instabilidade política que poderá afectar não só a Europa como o mundo,
dando início a um novo ciclo político, virado para a esquerda, com fortes
repercussões sobretudo nos chamados países periféricos da União Europeia.
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