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sábado, 21 de setembro de 2013

«HAVERÁ CERTEZAS EM POLÍTICA?»

Agora, quando se ouvem várias vozes, umas a criticar e outras, aduladoras, a felicitar o governo pela sua condução, com a troika, as questões da dívida pública, quando se aproximam eleições autárquicas, pretendem chantagear os cidadãos e o Tribunal Constitucional, se chumbar mais hipotéticas inconstitucionalidades decididas pelo governo, dizendo que corremos o risco de um segundo resgate de que se não ouvem ecos no estrangeiro.

Segundo os governantes, que correm o risco de serem derrotados nas eleições autárquicas e seguidamente nas legislativas, eles, que pretendem eternizar-se no poder para controlarem tudo e todos, continuando os massacres ao povo português, vêm alarmar com um segundo resgate, mesmo se Paulo Portas avança que já nos encontramos nos primeiros degraus da escadaria que conduzirá a nação à paz e à tranquilidade.

SE houvesse em Portugal um presidente à altura, dissolveria a Assembleia da República e convocaria eleições antecipadas, coisa que as oposições há muito solicitam devido a todas as mentiras proferidas pelos elementos da maioria actual, pondo termo às tais incertezas.

Infelizmente, temos o que temos, o que já é demasiado para um povo só, que deverá suportar toda a austeridade social, económica e laboral. Para dar ares de verdade a um argumentário que não “cola”, fazem apelo, agora, a um outro, o da profunda dificuldade de Portugal aos mercados, devido aos pedidos de demissão de Gaspar e Portas, da qual “falou” – segundo eles – o analista do ntal banco alemão, David Schnautz.

Ora, se em política nunca pode haver certezas, como se pode esperar uma qualquer clarificação até Novembro relativa a uma segunda ajuda financeira – resgate – como dizem felizes, já que desse modo podem agir de modo a colocar os portugueses ainda mais na miséria?!

Uma coisa é certa. Na Croácia fecharam as portas dois bancos e ninguém falou de crise sistémica, ninguém mostrou medo que tal acontecesse, o povo aguentou-se bem e foi poupado. Só em Portugal deverá continuar a ser massacrado como nos tempos do fascismo.

É evidente que o que realmente se teme, que eles têm medo, é que a frágil coligação seja pressionada pelas oposições que, estou convencido, não se pouparão a esforços para o fazer, obrigando-a a tomar novos rumos ou, no melhor dos casos, a demitir-se.

Entretanto, depois de alguns terem afirmado que deverão calar-se determinadas bocas da coligação, para que melhor possam manter-nos na “abjecta ignorância pretendida”, as vozes autorizadas dizem que “Portugal está a fazer o que pode” – e os portugueses o que não podem – para evitar semelhante cenário.


Estou plenamente convencido de que o grande medo do senhor Pedro é que Frau Merkal não volte a ter uma maioria absoluta nas eleições de amanhã e deva negociar a estabilidade política na Alemanha com o SPD, causando, aí sim, uma certa instabilidade política que poderá afectar não só a Europa como o mundo, dando início a um novo ciclo político, virado para a esquerda, com fortes repercussões sobretudo nos chamados países periféricos da União Europeia.

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