É um assunto que será
provavelmente discutido até ao fim dos tempos, mas, surpreendentemente – e ao
contrário do que se julga – os psiquiatras e psicólogos pensam que as mulheres
não se apaixonam tão prontamente como os homens.
Parece, além disso, que desinvestem
mais facilmente nas relações amorosas que os homens quando um relacionamento se
quebra.
A razão de ser de tudo isto
é também controversa. Uma teoria diz que, nas culturas em que é permitido à
mulher escolher o seu parceiro (por oposição ao casamento arranjado pela
família), ela tem de olhar pelos seus interesses e procura o homem mais capaz
de a alimentar e aos futuros filhos.
Alguns dos especialistas
acima citados pensam ser esta a razão por que, vulgarmente, as mulheres se
sentem atraídas por homens poderosos – física, financeira ou socialmente.
Em contrapartida,
concluiu-se que os homens tendem a apaixonar-se mais facilmente e a ser menos
críticos com aquelas de quem gostam.
Segundo determinado estudo,
os homens acreditam mais que as mulheres no amor à primeira vista e na máxima
de que “o verdadeiro amor só existe uma vez na vida”.
Na sua maioria, as pessoas
apaixonam-se por aqueles que acham que mais se lhes assemelham, tanto física
como temperamentalmente. Há, por isso, muito de verdade na ideia de que os
homens procuram uma noiva igual à mãe – esta é a primeira mulher que o rapaz
conhece, e não é de admirar que ele procure na futura esposa algumas das
características da mãe.
Mais importante é que tem
sido demonstrado que os relacionamentos mais estáveis são entre duas pessoas
que se assemelham em idade, inteligência, atitudes, objectivos e atractivos
físicos.
No entanto, acontece muitas
vezes uma pessoa enamorar-se de outra emocionalmente oposta: pode adivinhar-se uma relação viva e
excitante, mas provavelmente com alguns escolhos.
Certo terapeuta familiar
acha que frequentemente nos sentimos atraídos por alguém que, para nós,
representa uma faceta latente da nossa própria personalidade, pelo que podemos
sentir-nos melhor na companhia de quem pareça possuir o que nos falta.
Por outro lado, acontece
também com frequência que, durante certo tempo, ambos modifiquem o respectivo
comportamento para agradarem a quem amam.
Mas, depois, os
temperamentos ou os traços marcantes de cada uma das personalidades tendem a
voltar novamente à superfície, e a revelação nem sempre é agradável, pois as
pessoas envolvidas podem vir a descobrir que, afinal, pouco têm em comum.
Sem comentários:
Enviar um comentário