Como gostaria de ouvir os políticos falarem
verdade, pelo menos uma vez na vida, nem que fosse apenas na hora do “adeus”.
Após ter-se dirigido aos portugueses, o
senhor Pedro, vitimisando-se, apresentou um cruel dilema para si, colmatando
com uma tirada que ficará na história e para a história.
Tenho a impressão de que pretendeu ir mais
além de Guterres que, um dia, na Assembleia da República, quando falava aos
deputados que lá se sentam quando lá estão, coisa rara – e isso porque se
encontram muitíssimo ocupados, nos seus gabinetes, a tratar de assuntos de suma
importância para o país – se saiu com uma similar, do tipo:
“Se tentarem colocar-me entre a espada e a
parede, escolherei a espada!!!” Soltei um grande AHAHAHAH de admiração por
aquele corajoso primeiro-ministro que, pouco tempo depois se demitiu após ter
perdido as eleições autárquicas.
O que é certo é que, não tendo sido colocado
entre a espada e a parede, se limitou a fugir até bater com os calcanhares no
dito cujo. Do mesmo modo que o senhor Pedro até se dedica a reinaugurar
instalações e, aproveitando a oportunidade para nos colocar ao corrente, vai dizendo
o que fará seguidamente, se entretanto não se esquecer…
Ora, como se não trata de qualquer segredo de
Estado, anuncia-nos o que pensa fazer, dando continuidade à austeridade, mas de
forma muito suave (hipócrita) porque nunca quis que se lixassem as eleições.
Nem as autárquicas…
De maneira que, sempre que ouço os políticos
a falar, como aconteceu há pouco, ter ouvido o senhor Seguro, referindo-se às
pessoas do interior do país, tratando-as como portugueses de “primeira”,
admitindo, portanto a existência de mais categorias entre os cidadãos
nacionais, de imediato me veio à ideia o termo “hipócrita”, até porque
concordou com o encerramento dos centros de saúde e escolas, farmácias e a
retirada dos transportes, obrigando as pessoas de primeira a verem-se obrigadas
a contratar os serviços de um táxi para poderem ir ao médico a cerca de 50 quilómetros
ou mais ainda, só para pediram uma receita dos medicamentos que, em muitos
casos, não pode comprar, ficando-se por “aqueles para o coração e também
aqueles para a diabetes (os diabetes), como dizem.
No fundo, poderemos estranhar que sejamos nós
a pensar que devemos “lixá-los” no dia 29 com o nosso voto? Porque, não
tenhamos a menor dúvida de que é o único modo de lidar com eles, políticos do
nosso Portugal.
Por isso, deveremos começar desde já a
conjugar o indicativo presente do verbo lixar, conjugado reflexamente.
Eu lixo-os/ Tu Lixa-los/ Ele/a lixa-os! Nós
lixámo-los/ Vós lixai-los/Eles lixam-nos (a eles).
E, já agora, desencadeemos um movimento
nacional no sentido de proibir que cada político ganhe mais que o salário
mínimo durante pelo menos um ano, para que ao fim do primeiro mês e uns dias,
dêm a vaga, porque sobre esse salário mínimo deverão ainda pagar uns
impostozitos, de pelo menos 10%. E que se lixem!
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