Uma pessoa é a que domina, e outra a que
governa: a que domina, a primeira; a que governa, a segunda.
A primeira invisível, que não se vê nem ouve;
a segunda visível, que é vista e ouvida.
Na segunda é só o ministério e o exercício da
primeira o domínio do país.
Os homens gostam de tudo o que é absoluto,
eterno e infalível, e gostam ainda mais porque sabem bem que todas estas
qualidades são incompatíveis com a natureza humana.
Porque, só dominam as dores morais
rodeando-se de preocupações. O estudo salva do desalento.
Os pesares alheios entram mais facilmente nos
corações que por outros pesares foram atingidos. E, curiosamente, ama-se a
esperança sabendo que nos enganará…
Exigimos dos outros as qualidades que
possuímos, porque as achamos fáceis e naturais ou porque sabemos por
experiência que é possível adquiri-las.
A inveja é o suplício das almas vis, do mesmo
modo que a emulação é a paixão das almas nobres.
Os conselhos que lisonjeiam as paixões, são
quase sempre os únicos que se escutam.
Passar rapidamente de um a outro trabalho, é
carácter próprio de grandes cérebros, que, infelizmente não possuímos no nosso
país.
Actos eleitorais:
“Um povo repousa logo que tenha conquistado
os seus direitos e enfraquece logo que repousa!”
Se me for permitido e se alguém se dignar ler
estas palavras, peço que reflictam em tudo quanto poderíamos ter na vida e não
temos, sobretudo e especialmente devido a esses repouso!
Recordando sempre Eça de Queirós: «às
crianças e aos políticos é preciso mudar frequentemente as fraldas, e pelo
mesmo motivo!”
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