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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

«TODOS DEVEM CUMPRIR A LEI»

Todos os canalhas parasitas e corruptos devem ser condenados, independentemente de serem ricos ou pobres, pretos ou brancos, peessedeísta ou pêessista ou de qualquer outro partido, mesmo que desses não se fale.

A ética condena duramente todos aqueles crápulas que se valem do poder para nele se perpetuar de forma ilícita e desonesta – sobretudo comprando votos de outros parasitas para garantir a governabilidade ou a reeleição.

Mas, “nada é mais terrível de ver que a ignorância em acção”, como dise o escritor alemão, Goethe.

Por mais chocante que pareça, a verdade é que nenhum juíz, em lugar algum do país pode permitir que se considere elegível quem o não é segundo a própria Constituição, sob pena de, rapidamente se destruir o país.

Segundo Aristóteles, nos julgamentos, “soberania não é a massa, mas sim a lei!”.

A população em geral, e com certa razão, sente-se vexada, indignada com a aberrante e secular impunidade das classes dominantes, parasitas e corruptas, sentindo dificuldade em compreender tudo quanto se passa.

Mas, ocorreu o que ocorreu e, essa dificuldade aumenta quando o país tem a falta de sorter de contar com “uma média” descaradamente mentirosa, venenosa e ignorante de pontos relevantes da questão, que só sabe lançar achas na fogueira do obscurantismo medieval.

Faz-nos falta conhecer os poemas de Lucrécio, que revolucionaram a Europa com o Renascentismo de Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Camões, Cervantes, Descartes, Montaigne…

Não foi por acaso que tais poemas ficaram escondidos por mais de mil anos!

Se fulano ou beltrano, como advogado, considera que se candidatou de acordo com a lei vigente, perguntam, indignamente vários internautas, cidadãos de pleno direito: então isso significa que os outros podem também ficar-se a marimbar para as leis? Foram os candidatos imbecis, desonestos ou ignorantes? Nada disso.

Para aqueles que não estão familiarizados com a área, fiquem a saber que o direito não é matemática, dizia um antigo professor no liceu.

Muitas vezes há espaço para duas ou mais interpretações. O que ocorrerá no próximo dia 29, e que a média não explicou – por motivos alheios ao nosso conhecimento – e jamais explicará – é o seguinte: tornou-se preferível dar relevância a um “da” ou a um “de” e entregar o resto à população, segundo a sua simpatia político-partidária,  quer na capital, quer no Porto, berço da nacionalidade, mas também noutras cidades/municípios do país.

Tudo o resto foi completamente ignorado. Talvez não soubessem disso e, talvez, até, mudassem o voto se tivessem conhecimento de todos esses detalhes.

Que falta faz estudar o filósofo Epicuro, um dos pais remotos do Renascentismo, acusado de depravação sexual, vida degradada, comilão…, só porque dizia que temos direito, como seres humanos a ter prazeres módicos e éticos nesta vida!

Alguns, pelo contrário, querem convencer-nos que deveríamos viver de forma irresponsável, imoral não ética. Como pode ser isso?



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