Todos os canalhas parasitas e corruptos devem
ser condenados, independentemente de serem ricos ou pobres, pretos ou brancos,
peessedeísta ou pêessista ou de qualquer outro partido, mesmo que desses não se
fale.
A ética condena duramente todos aqueles
crápulas que se valem do poder para nele se perpetuar de forma ilícita e
desonesta – sobretudo comprando votos de outros parasitas para garantir a
governabilidade ou a reeleição.
Mas, “nada é mais terrível de ver que a
ignorância em acção”, como dise o escritor alemão, Goethe.
Por mais chocante que pareça, a verdade é que
nenhum juíz, em lugar algum do país pode permitir que se considere elegível
quem o não é segundo a própria Constituição, sob pena de, rapidamente se
destruir o país.
Segundo Aristóteles, nos julgamentos, “soberania
não é a massa, mas sim a lei!”.
A população em geral, e com certa razão,
sente-se vexada, indignada com a aberrante e secular impunidade das classes
dominantes, parasitas e corruptas, sentindo dificuldade em compreender tudo
quanto se passa.
Mas, ocorreu o que ocorreu e, essa dificuldade
aumenta quando o país tem a falta de sorter de contar com “uma média”
descaradamente mentirosa, venenosa e ignorante de pontos relevantes da questão,
que só sabe lançar achas na fogueira do obscurantismo medieval.
Faz-nos falta conhecer os poemas de Lucrécio,
que revolucionaram a Europa com o Renascentismo de Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo,
Camões, Cervantes, Descartes, Montaigne…
Não foi por acaso que tais poemas ficaram
escondidos por mais de mil anos!
Se fulano ou beltrano, como advogado,
considera que se candidatou de acordo com a lei vigente, perguntam,
indignamente vários internautas, cidadãos de pleno direito: então isso
significa que os outros podem também ficar-se a marimbar para as leis? Foram os
candidatos imbecis, desonestos ou ignorantes? Nada disso.
Para aqueles que não estão familiarizados com
a área, fiquem a saber que o direito não é matemática, dizia um antigo
professor no liceu.
Muitas vezes há espaço para duas ou mais
interpretações. O que ocorrerá no próximo dia 29, e que a média não explicou –
por motivos alheios ao nosso conhecimento – e jamais explicará – é o seguinte:
tornou-se preferível dar relevância a um “da” ou a um “de” e entregar o resto à
população, segundo a sua simpatia político-partidária, quer na capital, quer no Porto, berço da
nacionalidade, mas também noutras cidades/municípios do país.
Tudo o resto foi completamente ignorado.
Talvez não soubessem disso e, talvez, até, mudassem o voto se tivessem
conhecimento de todos esses detalhes.
Que falta faz estudar o filósofo Epicuro, um
dos pais remotos do Renascentismo, acusado de depravação sexual, vida
degradada, comilão…, só porque dizia que temos direito, como seres humanos a
ter prazeres módicos e éticos nesta vida!
Alguns, pelo contrário, querem convencer-nos
que deveríamos viver de forma irresponsável, imoral não ética. Como pode ser
isso?
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