'Este' Governo é mais sensível ao
sacrifício dos portugueses
O
secretário-geral da UGT disse hoje na Marinha Grande que 'este' Governo, após
as últimas mudanças no executivo, demonstra "maior abertura de
espírito" no domínio económico e "mais sensibilidade" face aos
sacrifícios dos portugueses.
"É
uma sensação que nós temos", a de que "o Governo, em termos de
matéria económica tem demonstrado alguma abertura de espírito para metas de
maior flexibilização em relação aos sacrifícios que têm sido impostos aos
portugueses nos últimos dois anos",
salientou Carlos Silva.
O dirigente sindical, que defendeu recentemente uma reforma do IRC
que salvaguarde o investimento e a criação de mais postos de trabalho, bem como
a posição assumida pelo vice-primeiro-ministro Paulo Portas no âmbito da
flexibilização das metas do défice, sublinhou que esta última hipótese pode
evitar cortes nas pensões e nos salários.
Confrontado com as declarações de um alto responsável Eurogrupo
que disse hoje que só "argumentos extremamente convincentes" levariam
a isso, mas com "impacto" na conclusão do programa de assistência, o
líder da UGT defendeu que, em dados momentos, Portugal não pode abdicar de dar
"um murro na mesa" enquanto país soberano.
"Quem sabe da sua necessidade é Portugal e o seu
Governo", acrescentou.
As declarações do secretário-geral da UGT foram realizadas à
margem de uma visita a uma empresa ligada ao setor dos moldes na Marinha Grande
e após um encontro com o presidente da Câmara Municipal local.
A iniciativa, "à semelhança de outras deslocações que têm
vindo a ser desenvolvidas pela UGT noutros distritos", teve como objetivo
"uma maior aproximação aos problemas concretos dos trabalhadores e das
suas empresas, particularmente ao modo como estas estão a lidar com as atuais
dificuldades".
L.A.V.
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