Já João Semedo diz que a «recauchutagem»
do Governo é uma «OPA hostil» de Paulo Portas sobre a coligação. PCP insiste em
eleições antecipadas
O
secretário-geral do PS considerou que as mudanças no Governo são uma «solução
para o PSD e CDS», mas não para o país.
«O que ouvimos hoje do primeiro-ministro pode até ser a solução para o PSD e para o CDS. Não é, de certeza, uma solução para o país nem uma solução para os portugueses», afirmou Seguro aos jornalistas antes da apresentação do candidato do PS em Mêda, Anselmo Sousa.
Para António José Seguro, o acordo entre PSD e CDS que pôs fim à crise criada pela demissão de Portas não é a solução para os problemas do país.
«Bem pelo contrário. E o mal está feito. O mal não ocorreu apenas nesta última semana. O mal ocorreu ao longo destes dois anos porque foram dois anos de empobrecimento, dois anos de sacrifícios sem que tivesse havido consequências, dois anos de grande sofrimento por parte dos portugueses», insistiu.
Segundo António José Seguro, que defende a realização de eleições antecipadas no mesmo dia as autárquicas, em setembro, «a eventual continuação deste Governo representa mais empobrecimento, mais desemprego, um corte de 4,7 mil milhões nas funções sociais do Estado».
Já o coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo considerou que a «recauchutagem» do Governo é uma «OPA hostil» do líder do CDS-PP, Paulo Portas, sobre a coligação.
«Acabámos de assistir a um Pedro Passos Coelho resignado perante a OPA hostil [Oferta Pública de Aquisição] que Paulo Portas lançou sobre a coligação», afirmou.
Para João Semedo, o «executivo recauchutado» vai «continuar com a política até aqui seguida: mais austeridade e mais uma vez resignação perante a divídua, perante o memorando e perante a troika».
«Este Governo vai continuar a criar no país uma grande crise social e política e uma grande instabilidade social, tal como aquela que esta crise [política] revelou com toda a intensidade», afirmou.
Segundo João Semedo, o «problema que se põe agora é se é adequado e aceitável que o Presidente da República aceite um Governo constituído por ministros troca-tintas, vira-casacas, e que dizem uma coisa hoje para fazer o seu contrário amanhã».
«Ministros que não tem não têm palavra, que têm, aliás, pouca vergonha na cara», acrescentou. Que «estabilidade pode um país esperar de um Governo em que uns ministros mentem aos outros e os outros enganam os primeiros?», questionou.
Também o PCP insistiu na convocação de eleições antecipadas e advertiu o Presidente da República que ninguém aceitará que deixe de assumir as suas competências constitucionais perante o «espetáculo de degradação» política do Governo.
«Nada pode iludir que estamos perante um Governo politicamente derrotado e socialmente isolado. Apesar de estar agarrado ao poder, este Governo é já parte do passado», declarou Jorge Cordeiro.
Para o dirigente comunista, com um Governo e uma maioria PSD/CDS que «agem permanentemente contra a Constituição, não há qualquer outra saída digna e democrática que não seja a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições».
«Nas atuais circunstâncias, o Presidente da República assume a inteira responsabilidade de todas as consequências que resultem do prolongamento deste caminho para o abismo económico e social. O país não compreenderá nem aceitará que, perante o percurso e espetáculo de degradação política e o não regular funcionamento das instituições, o Presidente da República não assuma as suas competências constitucionais, aquilo que jurou cumprir, e se transforme num mero parceiro da coligação», advertiu o membro da Comissão Política do PCP.
«O que ouvimos hoje do primeiro-ministro pode até ser a solução para o PSD e para o CDS. Não é, de certeza, uma solução para o país nem uma solução para os portugueses», afirmou Seguro aos jornalistas antes da apresentação do candidato do PS em Mêda, Anselmo Sousa.
Para António José Seguro, o acordo entre PSD e CDS que pôs fim à crise criada pela demissão de Portas não é a solução para os problemas do país.
«Bem pelo contrário. E o mal está feito. O mal não ocorreu apenas nesta última semana. O mal ocorreu ao longo destes dois anos porque foram dois anos de empobrecimento, dois anos de sacrifícios sem que tivesse havido consequências, dois anos de grande sofrimento por parte dos portugueses», insistiu.
Segundo António José Seguro, que defende a realização de eleições antecipadas no mesmo dia as autárquicas, em setembro, «a eventual continuação deste Governo representa mais empobrecimento, mais desemprego, um corte de 4,7 mil milhões nas funções sociais do Estado».
Já o coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo considerou que a «recauchutagem» do Governo é uma «OPA hostil» do líder do CDS-PP, Paulo Portas, sobre a coligação.
«Acabámos de assistir a um Pedro Passos Coelho resignado perante a OPA hostil [Oferta Pública de Aquisição] que Paulo Portas lançou sobre a coligação», afirmou.
Para João Semedo, o «executivo recauchutado» vai «continuar com a política até aqui seguida: mais austeridade e mais uma vez resignação perante a divídua, perante o memorando e perante a troika».
«Este Governo vai continuar a criar no país uma grande crise social e política e uma grande instabilidade social, tal como aquela que esta crise [política] revelou com toda a intensidade», afirmou.
Segundo João Semedo, o «problema que se põe agora é se é adequado e aceitável que o Presidente da República aceite um Governo constituído por ministros troca-tintas, vira-casacas, e que dizem uma coisa hoje para fazer o seu contrário amanhã».
«Ministros que não tem não têm palavra, que têm, aliás, pouca vergonha na cara», acrescentou. Que «estabilidade pode um país esperar de um Governo em que uns ministros mentem aos outros e os outros enganam os primeiros?», questionou.
Também o PCP insistiu na convocação de eleições antecipadas e advertiu o Presidente da República que ninguém aceitará que deixe de assumir as suas competências constitucionais perante o «espetáculo de degradação» política do Governo.
«Nada pode iludir que estamos perante um Governo politicamente derrotado e socialmente isolado. Apesar de estar agarrado ao poder, este Governo é já parte do passado», declarou Jorge Cordeiro.
Para o dirigente comunista, com um Governo e uma maioria PSD/CDS que «agem permanentemente contra a Constituição, não há qualquer outra saída digna e democrática que não seja a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições».
«Nas atuais circunstâncias, o Presidente da República assume a inteira responsabilidade de todas as consequências que resultem do prolongamento deste caminho para o abismo económico e social. O país não compreenderá nem aceitará que, perante o percurso e espetáculo de degradação política e o não regular funcionamento das instituições, o Presidente da República não assuma as suas competências constitucionais, aquilo que jurou cumprir, e se transforme num mero parceiro da coligação», advertiu o membro da Comissão Política do PCP.
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