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segunda-feira, 8 de julho de 2013

«OS HIPÓCRITAS…»

Ontem, nos Jerónimos, era vê-los abanarem-se com uma brochura que lhes fora oferecida, enquanto o novo Patriarca de Lisboa celebrava a missa e proferia a homilia.

Aliás, só se viam pessoas ditas famosas da sociedade financeira e política nacional. Pelo menos, eram as pessoas que as câmaras televisivas mostravam no que foi o primeiro contacto de D. Manuel Clemente já como Patriarca da capital.

De Cavaco Silva e sua mulher, Passos Coelho e Assunção Esteves,  Portas e Mota Soares,  Santos Silva e outros, assim como outras que mais não foram fazer que mostrar novas “toiletes” ou vestidos.

E se afirmo isto, será por maldade ou prazer de maldizer? Não!

Ali, nos Jerónimos, estava a fina-flor causador da crise que vivemos, e que parece render-lhes bons dividendos, enquanto que o povo sofre. Indivíduos que nada mais fazem que mostrar-se à saciedade como crentes e fiéis a Deus, mas que passam a maior parte da sua vida a espezinhar os filhos do povo martirizado, enquanto amealham fortunas á sua custa.

Estava calor e alguns foram munidos de leques com os quais se abanavam e, os menos avisados, faziam-no com as tais brochuras que um clérigo lhes oferecia conforme iam chegando.

O filho de Deus na Terra viveu sempre na pobreza e até nasceu como filho de uma simples mulher do povo e de um carpinteiro, moviam-se num só burro, com o qual atravessaram o deserto, enquanto que estes simples mortais e homens e mulheres como qualquer um de nós, se fazem transportar em luxuosos automóveis com motoristas pagos por todos nós.

A hipocrisia não tem limites entre toda essa gente a quem importa apenas viver dentro da maior comodidade e luxo, mais não seja para sobressair socialmente, enquanto mantêm fechada a boca, por onde entra ou sai mosca sempre que a abrem. Ou asneira, como diz o ditado.

Gente sem fé, gente sem princípios, que vive num mundo irreal que, se pudesse do ponto de vista legal, voltaria voluntariamente às orgias e bacanais como nos tempos do Império Romano, adorando ou dizendo adorar um qualquer deus, sobretudo se um bezerro de ouro, como aquele que Moisés fez fulminar por um raio quando se preparava para atravessar o Mediterrâneo, quando se dirigia para o Egipto.


Não felicito D. Manuel Clemente, que se viu chamado a Lisboa e ao patriarcado; apenas lhe desejo estômago forte para poder suportar todas as hipocrisias com que vai deparar-se na sua nova missão. Deverá ser muito forte para resistir a todas as tentações que lhe surgirão pela frente.

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