Ministro
das Negócios Estrangeiros está de saída do Governo. Há cerca de um mês, em
conversa com a Renascença, Paulo Portas recitou Camões para relembrar
"parte das elites portuguesas que não queriam defender o país perante o
estrangeiro".
Foi a 10 de
Junho, quando não havia uma profunda crise política e governativa. A
propósito do dia de Portugal, Paulo Portas aceitou um desafio lançado pela Renascença: escolher uma estrofe de "Os Lusíadas"
que representasse o momento do país.
Na altura, o líder do CDS quis deixar "uma alusão à melancolia de D. Nuno Álvares Pereira antes da Batalha de Aljubarrota, quando viu que algumas elites portuguesas não queriam defender o país perante o estrangeiro". "A evocação que quero fazer é de um patriotismo que é de todos e é o de sempre", explicava Paulo Portas. "A metáfora cada um entenderá como entender", acrescentou.
A estrofe que Paulo Portas escolheu da obra de Camões, a que chama "o maior livro jamais escrito em português", lê-se no Canto IV. É o canto em que o poeta dá a D. Nuno Álvares Pereira, o "Santo Condestável", a voz narrativa para exaltar o Conselho Real em Abrantes, para que os governantes se decidam sobre Aljubarrota - a batalha que resulta na derrota dos castelhanos.
"Como! Da gente ilustre Portuguesa
Há-de haver quem recuse o pátrio Marte?,
Como! Desta província, que princesa
Foi das gentes na guerra em toda a parte,
Há-de sair quem negue ter defesa?
Quem negue a Fé, o amor, o esforço e arte
De Português, e por nenhum respeito
O próprio Reino queira ver sujeito?"
Na altura, o líder do CDS quis deixar "uma alusão à melancolia de D. Nuno Álvares Pereira antes da Batalha de Aljubarrota, quando viu que algumas elites portuguesas não queriam defender o país perante o estrangeiro". "A evocação que quero fazer é de um patriotismo que é de todos e é o de sempre", explicava Paulo Portas. "A metáfora cada um entenderá como entender", acrescentou.
A estrofe que Paulo Portas escolheu da obra de Camões, a que chama "o maior livro jamais escrito em português", lê-se no Canto IV. É o canto em que o poeta dá a D. Nuno Álvares Pereira, o "Santo Condestável", a voz narrativa para exaltar o Conselho Real em Abrantes, para que os governantes se decidam sobre Aljubarrota - a batalha que resulta na derrota dos castelhanos.
"Como! Da gente ilustre Portuguesa
Há-de haver quem recuse o pátrio Marte?,
Como! Desta província, que princesa
Foi das gentes na guerra em toda a parte,
Há-de sair quem negue ter defesa?
Quem negue a Fé, o amor, o esforço e arte
De Português, e por nenhum respeito
O próprio Reino queira ver sujeito?"
=Renascença=
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