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quinta-feira, 4 de julho de 2013

«O QUE TENTAM SILENCIAR…»

Enquanto a voz rouca das ruas tem provocado reuniões dos que se afirmam representantes do povo, massacrando-o constantemente, e, parecendo ainda perplexos com os últimos acontecimentos no país, o mundo continuava a girar com factos silenciosos ou silenciados pela média de mercado, que continua a tentar incutir o medo na população na cobertura das manifestações.

Não por acaso, também os meios de comunicação de mercado procuram incutir na população a ideia, segundo a qual, o financiamento público da campanha eleitoral será inviável e que, por tal motivo, serão retiradas verbas à saúde e à educação para tal fim, dizendo mesmo que o povo deverá pagar os seus próprios erros, sabendo que está  pagar os erros e roubos por outros cometidos.

Não será por aí, porque se o Estado (todos nós) estiver disposto a acatar a voz rouca das ruas, pode, perfeitamente, dispor de verbas para que se faça uma campanha eleitoral sem grandes influências do poder económico e financeiro.

Não é por acaso que no mundo político vozes contrárias se fazem ouvir, sobretudo nos meios conservadores, mas também em boa parte do PS.

Enquanto isto acontece em Portugal, na América do Sul e mais precisamente na Guiana francesa, foi criado um comité internacional de solidariedade pela independência do enclave colonial – CISIGF.

Poderão perguntar qual a razão porque falo neste assunto, e muito sinceramente vou explicar porquê:

“Assinam o manifesto de criação, figuras de relevo mundial, como jornalistas argentinas e até um Nobel da Paz Alternativo de 2002, entre outras figuras. Explicam que “é necessário organizarem-se para trabalhar  pela total libertação da sua Pátria Grande, que é, em primeiro lugar a América do Sul e o Caribe”.

O manifesto assinala ainda que “enquanto grande parte da Pátria Grande está hoje mobilizada na luta pela sua segunda e definitiva independência, num ponto do caminho que têm de retroceder duzentos anos e voltar a lutar pela primeira independência, como fizeram Bolívar, Sucre, San Martin, Belgrano, artigas e tantos outros.”

Lembram ainda os subscritores do manifesto que “embora pareça mentira, o imperialismo mantém, entre as suas várias faces, a do colonialismo directo. E, na América do Sul o mantém nas Malvinas, como colónia britânica e com a Guiana como colónia francesa”.

Nos últimos tempos, para justificar o domínio colonial, não se pode esquecer que os britânicos, depois de invadirem as ilhas há exactamente 180 anos, expulsaram a população argentina e implantaram nessas terras uma população levada de 12 mil quilómetros de distância.

Tais factos precisam de ser divulgados e impedir a persistência da arrogância colonial, não raramente  com o apoio de sectores cooptados pelas benesses do capital internacional ou mesmo por aqueles mentalmente colonizados.

Sob o total e absoluto silêncio da média de mercado, o poder colonial francês persegue os lutadores pela independência da Guiana, os líderes de movimentos sociais e sobretudo os militantes do movimento de descolonização.

Como se tudo isso não bastasse, os demais colonialistas impediram há duas noites a aterragem para abastecimento, do avião onde seguia o presidente da Bolívia, Evo Morales, como se levasse consigo a peste negra, sob a forma de um ex-espião americano, Edward Snowden, o que prova que a União Europeia se mantém colonialista e dependente da vontade do Grande Império Mundial.

Tais factos, todos somados e constatados, mostram à exaustão que estamos ainda longe, ou cada vez mais longe de podermos viver em Paz seja em que parte for do mundo, porque os “senhores” jamais o permitirão.

Portanto, e sem desanimar, teremos que dar as mãos e lutar em conjunto contra todas essas abjectas formas de ditaduras encapotadas que proliferam pelo mundo, inclusive por Portugal.



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