Enquanto a voz rouca das ruas tem provocado
reuniões dos que se afirmam representantes do povo, massacrando-o constantemente,
e, parecendo ainda perplexos com os últimos acontecimentos no país, o mundo
continuava a girar com factos silenciosos ou silenciados pela média de mercado,
que continua a tentar incutir o medo na população na cobertura das
manifestações.
Não por acaso, também os meios de comunicação
de mercado procuram incutir na população a ideia, segundo a qual, o
financiamento público da campanha eleitoral será inviável e que, por tal
motivo, serão retiradas verbas à saúde e à educação para tal fim, dizendo mesmo
que o povo deverá pagar os seus próprios erros, sabendo que está pagar os erros e roubos por outros cometidos.
Não será por aí, porque se o Estado (todos
nós) estiver disposto a acatar a voz rouca das ruas, pode, perfeitamente,
dispor de verbas para que se faça uma campanha eleitoral sem grandes
influências do poder económico e financeiro.
Não é por acaso que no mundo político vozes
contrárias se fazem ouvir, sobretudo nos meios conservadores, mas também em boa
parte do PS.
Enquanto isto acontece em Portugal, na
América do Sul e mais precisamente na Guiana francesa, foi criado um comité
internacional de solidariedade pela independência do enclave colonial – CISIGF.
Poderão perguntar qual a razão porque falo
neste assunto, e muito sinceramente vou explicar porquê:
“Assinam o manifesto de criação, figuras de
relevo mundial, como jornalistas argentinas e até um Nobel da Paz Alternativo
de 2002, entre outras figuras. Explicam que “é necessário organizarem-se para
trabalhar pela total libertação da sua
Pátria Grande, que é, em primeiro lugar a América do Sul e o Caribe”.
O manifesto assinala ainda que “enquanto
grande parte da Pátria Grande está hoje mobilizada na luta pela sua segunda e definitiva
independência, num ponto do caminho que têm de retroceder duzentos anos e
voltar a lutar pela primeira independência, como fizeram Bolívar, Sucre, San
Martin, Belgrano, artigas e tantos outros.”
Lembram ainda os subscritores do manifesto
que “embora pareça mentira, o imperialismo mantém, entre as suas várias faces,
a do colonialismo directo. E, na América do Sul o mantém nas Malvinas, como
colónia britânica e com a Guiana como colónia francesa”.
Nos últimos tempos, para justificar o domínio
colonial, não se pode esquecer que os britânicos, depois de invadirem as ilhas
há exactamente 180 anos, expulsaram a população argentina e implantaram nessas
terras uma população levada de 12 mil quilómetros de distância.
Tais factos precisam de ser divulgados e
impedir a persistência da arrogância colonial, não raramente com o apoio de sectores cooptados pelas
benesses do capital internacional ou mesmo por aqueles mentalmente colonizados.
Sob o total e absoluto silêncio da média de
mercado, o poder colonial francês persegue os lutadores pela independência da
Guiana, os líderes de movimentos sociais e sobretudo os militantes do movimento
de descolonização.
Como se tudo isso não bastasse, os demais
colonialistas impediram há duas noites a aterragem para abastecimento, do avião
onde seguia o presidente da Bolívia, Evo Morales, como se levasse consigo a
peste negra, sob a forma de um ex-espião americano, Edward Snowden, o que prova
que a União Europeia se mantém colonialista e dependente da vontade do Grande
Império Mundial.
Tais factos, todos somados e constatados,
mostram à exaustão que estamos ainda longe, ou cada vez mais longe de podermos
viver em Paz seja em que parte for do mundo, porque os “senhores” jamais o
permitirão.
Portanto, e sem desanimar, teremos que dar as
mãos e lutar em conjunto contra todas essas abjectas formas de ditaduras
encapotadas que proliferam pelo mundo, inclusive por Portugal.
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