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domingo, 4 de agosto de 2013

«UMA DERROTA ANUNCIADA..?»

O actual governo tem grandes problemas. Não construiu um projecto de Estado, como prova o défice na Saúde. Não investiu suficientemente em projectos estruturantes de mobilidade urbana. A Educação está pelas ruas da amargura, nas Finanças grassam as desconfianças e até o primeiro-ministro se limita a passar férias numa e com uma “manta rota” e o presidente da República num aldeamento coelheiro.

Entretanto, assiste-se ao talvez maior fracasso havido no governo na sua estratégia de comunicação, o que é óptimo pra reconstruir um discurso revigorante, com planos para o futuro, inspirado na esperança e espírito empreendedor nas pessoas. Só que, esse discurso não existe, pelo contrário, perante o olhar enviezado de um  presidente que se limita a renovar a sua confiança em si próprio e num governo a cair aos pedaços.

O passado, mais uma vez, assumiu lugar no presente e no futuro da Nação!

Sempre que fala num canal televisivo, quem o ouve? Aliás, quem os ouve, já que não é só ao presidente que se recusam a ouvir os portugueses, uma vez que nada de novo vem dizer. Talvez consiga alguma audiência no Portugal profundo do interior. Talvez…

As manifestações de rua, que por pouco não enveredam por um grande repúdio ao governo, pela forma de não despertarem as “Belas Adormecidas” dos Palácios de Belém e de S. Bento.

Pelos cafés, pelas e nas ruas, ouvem-se conversas que deveriam ser gravadas em DVDs que deveriam ser distribuídos pelas redes sociais e também deveriam ser distribuídos pelas áreas rurais.

Estamos em vésperas de mais um acto eleitoral e o presidente tem conta aberta no facebook. Se tivesse uma, poderia acumular seguidores e construir um política para se defender dos ataques que fatalmente virão após as férias.

A guerra está, portanto, nas mãos dos bloguistas e internautas, qual um novo exército de 300 espartanos a lutar contra 9 milhões de persas mediáticos.

Como bloguista considero ser “muita estupidez” que o governo jamais tenha investido nas redes sociais. Governo que não exerce a luta política, que não argumenta. Tornou-se um elefante parado no meio da savana, recebendo as flechadas que lhe enviam todos os caciques do PSD ou do CDS. Tornaram-se num bando de cobardes.

Mas, cega de raiva, a coligação que forma  maioria governamental, enterra todas as investigações que deveria manter activas, como pretendendo tomar-nos por “imbecis”, preparando mais assaltos aos salários e pensões. A estratégia dos membros do governo, cegos e furiosos, consiste em atacar os mais pobres e em usar o dinheiro público para tentar evitar o descalabro que parece inexorável no próximo mês.

Mas, sempre com a mesma  raiva que o assola, Pedro fala sobretudo na Assembleia da República para manter vivos os seus ataques às oposições, afirmando que os gritos de dezenas, centenas de milhares de pessoas à sua porta nada o preocupa e que jamais irá governar desde as ruas das cidades do país.
Que ninguém pense que se encontra morto, o que nos obrigaria a todos  lutar para o ressuscitar, como Lázaro.

E, entretanto, que faz o maior partido da oposição? Porque não acorda? Porque não muda e vem lutar par  rua também? Desse modo, arrisca-se a perder a guerra! Os representantes do adormecido PS, se quiserem atrair cidadãos e cidadãs, precisam de mostrar mais arrojo e mais auto-estima, assim como muita mais audácia ns suas atitudes e palavras, mas também e sobretudo, nos seus actos.



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