Caros compatriotas:
Portugal perdeu uma batalha! Mas, de modo
algum perdeu a guerra contra os opressores e os hipócritas, que se limitam a impor
novos impostos e cortes aos salários e pensões dos cidadãos menos favorecidos
pela sorte.
Todos os governos de ocasião acabam por
capitular, cedendo ao pânico, esquecendo a honra, entregando o país à servidão.
Entretanto, nada está perdido!
Nada está perdido, porque esta guerra é
mundial. No universo livre que esta guerra – económica e financeira foi
desencadeada contra todos nós, cidadãos – valorizando apenas os detentores das
riquezas produzidas pelos trabalhadores contribuintes, forças poderosas unem-se
contra os direitos humanos devidos a todos os que sempre trabalharam, contra os
que querem trabalhar e viver honestamente do fruto do seu labor.
Um dia, as forças populares esmagarão o “inimigo”,
isto é, os capitalistas e os empresários ricos que os escravizam.
É preciso que Portugal, nesse dia, esteja
presente para viverem a sua vitória sobre a opressão que vão sofrendo cada vez
mais forte e pesada. E, nessa altura, o povo português encontrará a sua
liberdade e a su grandeza.
Eis porque se convidam todos os portugueses,
desde onde se encontram, a unir-se na acção, nos sacrifícios e na esperança,
pois não há mal que sempre dure! Lutemos unidos para nos livrarmos dele e para
salvar-mos o nosso país!
“Os razoáveis durarão, os apaixonados
vencerão!”, evocando os anos da ditadura, mas também aqueles dois anos,
iniciados em 1974, em que efectivamente houve liberdade e melhoria das
condições de vida.
Depois, tem sido o desastre total, com toda a
corrupção que nos esmaga e abafa, a toda essa desfaçatez que fazem com que os
ricos o sejam cada vez mais e os pobres mais não sejam que “miseráveis servos”!
Temos de criar um Portugal de combatentes
emergindo de todos os lados e sem se escusarem de dar as mãos unas aos outros,
na luta contra todas essas ofensas e esses roubos de que somos vítimas
diariamente.
A tempestade dos ainda vivos, depois o hino
nacional cantado com fervor indizível, são a resposta que merecem, tal como o
hastear a nossa bandeira não apenas nos nossos corações, mas nas nossas varandas
e janelas, levando-as connosco sempre que sair-mos à rua e manifestarmos o
descontentamento que nos oprime.
Não deveremos temer os obstáculos que possam
colocar o caminho, pois temos a razão por companhia, não devendo ninguém
duvidar da potência do “inimigo”, hostilidade oficial e privilégios, intrigas
vindas de alguns cimeiros, inércia de alguns e, para terminar, perigo de
subversão do próprio Estado contra o povo e deste contra aqueles que se
imaginam o próprio Estado.
VIVA PORTUGAL!
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