Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

«A FALTA DE COMBATENTES»

Por vezes, pecamos por excessiva indulgência. Ora, uma coisa é compreender, outra é abdicar diante do grande dever de defender a Pátria, de instruir e corrigir os que a agridem constantemente.

Portanto, tudo quanto tem sido dito e feito, não tem por finalidade incitar os políticos dominantes a escutar serenamente “as fantasias de todo um povo”. Há coisas que eles não podem deixar que sejam ditas e feitas, sem arruinar a sua própria autoridade.

É essa a tentação, no entanto, que se insinuará no seu espírito. Todavia, trata-se de má conselheira.

De facto, quantas vezes, desencorajados por cenas cada vez mais violentas, eles se contentam com dar de ombros diante das divagações do povo que além de atravessar a crise, a vive profundamente!?

Os políticos possuem sentimentos? Perguntam-se milhões de cidadãos que diariamente se vêm a afundar sempre mais, ouvindo os seus carrascos comentar: “quando tiverem acabado de dizer asneiras, acabará por se calar…” E repetem, vezes sem conta, que a culpa é da cidadania que pretendeu viver acima das suas possibilidades, esquecendo-se que nunca, desde Abril de 1974, nunca tiveram a preocupação de equilibrar a barca social em relação aos seus congéneres europeus, mantendo uma espécie de escravidão vinda do passado.

Quando se falava nisso, limitavam-se a olhar e a dizer tornar-se impossível colocar os portugueses ao nível dos franceses ou alemães, ou mesmo ao nível dos espanhóis.

Agora, apesar de saberem que erraram e que continuam a errar, continuam a roubar o povo martirtizado, ao mesmo tempo que afirmam que Portugal está no bom caminho, mantendo os portugueses no desemprego, roubando-os nos seus subsídios, como na doença, sabendo que tudo isso será feito em vão…

Termina, pois, o combate, por falta de combatentes. A paz podre restabelece-se no país.,e eles riem-se boçalmente vendo aumentar a fome e a miséria no “lar”!

Os mais novos observam: não perderam nada da cena.

Em qualquer circunstância, mesmo se a paz pôdre foi restabelecida – e se percebe o quanto é precária – do ponto de vista social tudo ainda resta por fazer.

Quanto mais se esperar, mais isso se tornará difícil de sanar. E tudo é mantido, hipocritamente em banho-maria até que se realizem as eleições autárquicas,  29 de Setembro. Táctica que terá duas reacções possíveis. Se lhes correrem bem, serão mais comedidos, mas manterão e aumentarão a austeridade. Se lhes correrem mal, custe o que custar, roubarão o próprio fio dental que veste o povo português, acabando por o “enterrar ainda vivo”, tendo mesmo já contratado as carpideiras que farão o pranto. Porque eles nem sabem fazê-lo, não podem porque sem qualquer sentimento.


Sem comentários:

Enviar um comentário