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domingo, 18 de agosto de 2013

«A QUEDA DA CORTINA DE FERRO»

Finda a União Soviética terminou a Guerra Fria. Razão pela qual alguns países tiveram de se virar para outros lados par poderem escoar todo ou grande parte do seu material bélico.

Postos de lados os soviéticos, destroçados alguns países que faziam parte da União Soviética, aqueles que sempre se lhes opuseram, viram-se obrigados, devido à sua belicosidade e ao desejo de dominarem o mundo, continuarem a dominá-lo, viraram-se contra os países muçulmanos, devido a neles existirem riquezas enormes, sobretudo em petróleo ms também em gás natural.

Não lhes basta a globalização económica e financeira. Pretendem também apoderar-se das riquezas existentes nos subsolos desses países.

Portanto, só viram uma hipótese de, tentando demonstrar ao mundo que se limitam a observar o que se passa e a ajudarem se lhes for pedida ajuda, dando no entanto conselhos sobre as formas e estratégias militares deporem os seus líderes.

Todavia, verifique-se que aqueles países ricos em petróleo que vivem em terríveis ditaduras, continuam impávidos e serenos,  mesmo se os povos vivem miseravelmente.

O mundo assistiu atónito ao que foi designado por “Primavera Árabe”, que se espalhou pelo Norte de África, pela Síria (…), que se seguiu a uma estúpida guerra no Iraque, cujas causas se basearam em mentiras.

Havia, pois, que mudar de táctica, logo foram surgindo, lentamente, sinais e provas da existência de “mercenários” instrutores e ex-oficiais do exército para lançarem o caos nesses países que, supostamente, estariam a ser democratizados.

Isto é, estavam a receber lições sobre  democracia que nunca chegou e dificilmente chegará a esses países, não se incomodando absolutamente nada com os outros que, fortes ditaduras obedientes aos seus desejos, podem manter-se em paz, desde que negoceiem o crude a preços convenientes.

Pode dizer-se que se vivem tempos de novas formas de cruzadas, quer no Médio Oriente quer no Continente Africano, onde, no país dos Faraós, se vivem momentos, dias, semanas e meses de terrível violência, e de simulação de eleições democráticas, que de imediato desrespeitam os resultados, onde o exército toma conta do poder e vai matando impunemente todos os que possam manifestar-se contra ele.

Como que para disfarçar qualquer coizinha, e quando as coisas aquecem já demasiado e se pode justificar uma intervenção internacional de manutenção da paz, ouvem-se algumas vozes europeias dizer ser necessário pôr termo a semelhante matança, depois de acesos todos os ódios deste mundo em brasa.

Repetir que o mundo precisa de uma nova ordem? Quem dará ouvidos a tais apelos?

Não! É necessário que a União Europeia possa desempenhar o papel de pacificadora, seguindo, no entanto, determinadas instruções, já que também o gás natural líbio faz falta à mesma União Europeia, pois ficará muito mais barata a sua importação que vindo da Rússia.

E, dá-se então início a mais uma era de hipocrisia e troca de palavras entre aqueles que deveriam envergonhar-se porque já antes mentiram aquando da pré-invasão ao Iraque.

Será um mundo de mentiras aquele que nos espera num futuro próximo? Que irá decidir a França, que tantos cidadãos árabes tem no país?


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