Finda a União Soviética terminou a Guerra
Fria. Razão pela qual alguns países tiveram de se virar para outros lados par
poderem escoar todo ou grande parte do seu material bélico.
Postos de lados os soviéticos, destroçados
alguns países que faziam parte da União Soviética, aqueles que sempre se lhes
opuseram, viram-se obrigados, devido à sua belicosidade e ao desejo de
dominarem o mundo, continuarem a dominá-lo, viraram-se contra os países muçulmanos,
devido a neles existirem riquezas enormes, sobretudo em petróleo ms também em
gás natural.
Não lhes basta a globalização económica e
financeira. Pretendem também apoderar-se das riquezas existentes nos subsolos desses
países.
Portanto, só viram uma hipótese de, tentando
demonstrar ao mundo que se limitam a observar o que se passa e a ajudarem se
lhes for pedida ajuda, dando no entanto conselhos sobre as formas e estratégias
militares deporem os seus líderes.
Todavia, verifique-se que aqueles países
ricos em petróleo que vivem em terríveis ditaduras, continuam impávidos e
serenos, mesmo se os povos vivem
miseravelmente.
O mundo assistiu atónito ao que foi designado
por “Primavera Árabe”, que se espalhou pelo Norte de África, pela Síria (…),
que se seguiu a uma estúpida guerra no Iraque, cujas causas se basearam em
mentiras.
Havia, pois, que mudar de táctica, logo foram
surgindo, lentamente, sinais e provas da existência de “mercenários”
instrutores e ex-oficiais do exército para lançarem o caos nesses países que,
supostamente, estariam a ser democratizados.
Isto é, estavam a receber lições sobre democracia que nunca chegou e dificilmente
chegará a esses países, não se incomodando absolutamente nada com os outros
que, fortes ditaduras obedientes aos seus desejos, podem manter-se em paz, desde
que negoceiem o crude a preços convenientes.
Pode dizer-se que se vivem tempos de novas
formas de cruzadas, quer no Médio Oriente quer no Continente Africano, onde, no
país dos Faraós, se vivem momentos, dias, semanas e meses de terrível violência,
e de simulação de eleições democráticas, que de imediato desrespeitam os
resultados, onde o exército toma conta do poder e vai matando impunemente todos
os que possam manifestar-se contra ele.
Como que para disfarçar qualquer coizinha, e
quando as coisas aquecem já demasiado e se pode justificar uma intervenção
internacional de manutenção da paz, ouvem-se algumas vozes europeias dizer ser
necessário pôr termo a semelhante matança, depois de acesos todos os ódios deste
mundo em brasa.
Repetir que o mundo precisa de uma nova
ordem? Quem dará ouvidos a tais apelos?
Não! É necessário que a União Europeia possa
desempenhar o papel de pacificadora, seguindo, no entanto, determinadas
instruções, já que também o gás natural líbio faz falta à mesma União Europeia,
pois ficará muito mais barata a sua importação que vindo da Rússia.
E, dá-se então início a mais uma era de
hipocrisia e troca de palavras entre aqueles que deveriam envergonhar-se porque
já antes mentiram aquando da pré-invasão ao Iraque.
Será um mundo de mentiras aquele que nos
espera num futuro próximo? Que irá decidir a França, que tantos cidadãos árabes
tem no país?
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