PS e CDS acusaram Fernando Ruas, atual
presidente da câmara de Viseu, de fazer campanha pelo PSD através da
distribuição de dinheiro em duas igrejas diferentes. De acordo com o Jornal de
Negócios, Ruas terá falado aos fiéis durante uma das missas. O padre do Viso
confirmou entretanto àquele jornal que o presidente da câmara entregou um
cheque de 50 mil euros, mas nega que tenha falado durante a eucaristia.
"Foi um ato público de caciquismo ao melhor estilo",
criticou Hélder Amaral, candidato do CDS à câmara de Viseu, citado pelo
Negócios. "Não lhe fica bem estar a esturricar dezenas de milhares de
euros", afirmou, por sua vez, José Junqueiro, também candidato à câmara,
mas pelo PS. Os dois partidos acusaram, esta terça-feira, o presidente da câmara
de atribuir subsídios às paróquias durante as missas.
Armando Esteves, pároco do Viso, já veio desmentir as acusações,
garantindo que Fernando Ruas “não fez nenhum anúncio na missa” e que apenas foi
assinado “um protocolo de 50 mil euros, fora da missa, na zona do adro” e já há
cerca de um mês.
Na paróquia de São João de Lourosa, no último domingo, o
procedimento terá sido semelhante. Fernando Ruas assinou um protocolo e
entregou um cheque à paróquia, de cerca de sete mil euros.
Em declarações ao Jornal de Negócios, o autarca confirmou as
entregas dos cheques, mas recusa que esta tenha sido uma ação de campanha.
"Fui fazer aquilo que sempre fiz em 24 anos, que é apoiar as comissões
fabriqueiras [entidades que gerem os bens da igreja]. Fui a mais que uma e vou continuar",
assegurou ao diário. O facto de as assinaturas e entregas dos cheques
acontecerem antes ou depois das missas é por "uma questão de
conveniência" dos padres, justifica.
=Dinheiro Vivo=
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