Lamentavelmente, eis-me a dirigir-me de novo
ao senhor, na tentativa de que consiga travar todos estes incêndios que além de
destruírem as florestas portuguesas, fazem com que fiquemos cada vez mais
pobres.
Porque me dirijo a si, senhor presidente?
Porque foi o senhor quem deu posse ao actual
governo, um grupo de incompetentes que só tem capacidades para exigir sempre
mais austeridade aos portugueses, efectuar cortes salariais e nas pensões de
reforma.
Veja que, sem motivo aparente, nem sequer
recorreram aos militares, sapadores ou outros, para combater o pior inimigo da
pobre sociedade portuguesa, especialmente a rural e provinciana.
Como seria bom vermos, podermos ver acabar
com essas “rentrées” designadas “universidades de Verão”, que nada e de nada
servem para que se cuide dos bens nacionais e familiares.
Ninguém se tem realmente preocupado com a
limpeza das florestas, nem o próprio Estado, é verdade, o que a todos lesa
gravemente.
Também me dirijo a si, senhor presidente,
porque Portugal está em guerra. Guerra sem tréguas contra o fogo, que – JÁ VITIMOU
CINCO BOMBEIROS - matando-os
impunemente, até porque de todos os detidos por atearem os fogos, de imediato
são diagnosticados de alcoólicos, de atrasados mentais ou afectados pela
própria esquizofrenia.
Ora, antes de beber álcool, todos estão
lúcidos, pelo que em tribunal, são considerados totalmente imputáveis. Quanto
aos atrasados mentais, tudo depende do grau da oligofrenia, restando a psicose –
esquizofrenia – e se anda ou não compensado, e hoje não faltam medicamentos
para os compensar, nomeadamente os “decanoatos”, que, dependendo do grau da
psicose ou esquizofrenia, devem ser aplicados semanalmente, cada quinze dias ou
três semanas, evitando assim cometer disparates, sabendo-se embora que podem
sofrer de uma descompensação súbita, embora raramente.
Portanto, essa de se tratar de “doentes
mentais”, já não pega. O que realmente pega, e todos o sabemos, é a falta de
competência dos membros do governo para lutarem contra toda essa floresta
queimada pelos incêndios criminosos.
Penso que não seja dos que apregoam por aí
que tudo se deve ao excesso de calor, aos vidros existentes nas matas, por
negligência. Vou tentar explicar-lhe o que realmente se passa.
Como deve imaginar, existem altos interesses
por parte dos empresários de celuloses, de madeireiros e da pasta de papel e
aglomerados de madeira, que seguidamente aos fogos, arrematam, por uma ninharia
todos esses pinheiros e eucaliptos, ou carvalhos e sobreiros ou oliveiras, e
que, depois de limpas, s árvores sofrem as devidas alterações e proporcionam
lucros fabulosos a esses senhores, em troca de uns copos pagos, ou um simples
punhado de euros.
Também se sabe que a nossa justiça só age
contra os mais pobres. E também se sabe que vale mais um milhão de mentiras
desses senhores que um bilião de verdades desses “doentes”. De que serve o
trabalho, árduo trabalho dos agentes da autoridade, PSP, GNR ou PJ se, detidos
em flagrante delito, os “pirómanos” são mandados em liberdade, como se as
cadeias existissem apenas como hotéis onde comem e bebem e dormem à nossa custa?
Tudo isto, todas estas políticas têm de mudar
e tudo deve começar por quem decide, sendo incapaz de o fazer convenientemente.
Queira fazer o favor de verificar o seguinte:
Nos anos de 2003 e 2008 houve gravíssimos incêndios em Portugal. Seguindo o
ritmo, seria de prever que também em 2013 se verificariam grandes e dispersos
incêndios. Que fizeram os governantes? Nada! E Portugal arde por todos os
lados. Que faz o senhor? Nada, e o país continua a arder e o malvado fogo vai
continuando a destruir as florestas impunemente, apesar de todo o trabalho e
dedicação dos chamados soldados da paz se desdobrarem com toda a valentia e
empenho n defesa dos bens dos outros e das suas próprias vidas, arriscando ou
dando a sua em troca.
No próximo ano, a dez de Junho, poderemos
vê-lo a oferecer medalhas a muitos, duvidando que ofereça alguma ao Corpo dos
Bombeiros de Portugal!
Por agora é tudo, senhor presidente!
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