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domingo, 25 de agosto de 2013

«GOSTARIA QUE ME EXPLICASSE, SENHOR PEDRO…»

Se o “Estado (País) tem de gastar menos e está a gastar menos”, como pode afirmar reconhecer o aumento da despesa, dizendo também que o seu excelso “governo está mais próximo de tirar o país da assistência financeira”?

Penso que deve ter apanhado demasiado sol, o que se nota pelo seu bronzeado de pele, apesar de ter interrompido as férias par ir presidir a um Conselho de Ministros, retirando essa felicidade ao seu amigo Paulo.

Dir-me-á, possivelmente, que é tudo uma questão de método, que se impõe a si próprio. Responder-lhe-ei, sem titubear, que realmente assim deverá ser, com a única diferença de que para além de tudo isso está, com certeza absoluta, tudo quanto tem imposto aos cidadãos de poucos recursos, que são aqueles que têm pago todos os roubos que foram cometidos neste país que se assemelha a um manta rota.

Sem o conseguir, tentou dar-se conta das disposições gerais, das tendências profundas de uma pequena cidadania. Nunca levará esse estudo demasiado longe, já que se trata de um  assunto exaurível.

Os políticos no poder, não cessam de se trair. Por detalhes, aos quais geralmente não se presta a devida atenção, até porque, geralmente, os sinais são muito pequenos, traduzindo-se por um olhar, um sorriso e até o jeito desse sorriso, um gesto, uma reflexão desprovida de propósito, talvez até menos que isso: um pouco de irritabilidade,  de insónia, um cansaço de memória, uma falta geral de tensão.

Alguns pensarão: “estão bem arranjados os políticos se precisam de cuidar disso tudo!” Pois é preciso, e compreende-se que assim seja, como também se compreende que, com aquelas faltas de memória dêem o dito por não dito, recusando admitir ter, por exemplo, comprado acções do BPN a determinado preço, o da chuva certamente, para auferirem dividendos de se lhes tirar o chapéu, tal como aconteceu com o actual ministro dos Negócios Estrangeiros e muitos mais…

Ora, como se tem visto e sentido até agora, apesar de todas as “inverdades” por si afirmadas antes, durante e depois da campanha eleitoral e tomada de posse, um governo por si liderado jamais faria o que tem feito e irá continuar a fazer com mais ganas  ainda, devido a esse seu temperamento irascível.

O senhor não conseguiu ainda compreender que não se pode penetrar na alma alheia por arrombamento: isso é prova da sua pouca paciência e tacto, como também de inteligência e “visão”, pois sabe perfeitamente que os portugueses, por demasiado sacrificados, não aguentarão mais austeridade.

A “crise” (???) irrompeu e de imediato o senhor Pedro considerou que ela tinha uma causa: “a vida da cidadania acima das suas possibilidades”. Fê-lo por orgulho ou por vaidade? Eis o que falta descobrir. Ou por instabilidade nervosa, delírio imaginativo ou insociabilidade? Como pode verificar, não faltam hipóteses e todas elas válidas e credíveis em si.

E, às cegas, sem dó nem piedade, dentro da sua cabeça começou a germinar um único pensamento: “custe o que custar”, deverei cumprir as ordens de Frau Merkel, e que se lixem – treta absoluta – as eleições para já autárquicas e depois as legislativas – não se pronunciando acerca dos atropelos à Constituição pelos candidatos do seu partido, que após já vários mandatos pretendem conseguir mais, acima ou abaixo da lei geral do país, ao mesmo tempo que tenta influenciar o Tribunal Constitucional em vários aspectos.

Não sendo o único a pensá-lo, considero que Portugal e os portugueses estariam bem melhor sem a sua presença no poder político.







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