Se o “Estado (País) tem de gastar menos e
está a gastar menos”, como pode afirmar reconhecer o aumento da despesa,
dizendo também que o seu excelso “governo está mais próximo de tirar o país da
assistência financeira”?
Penso que
deve ter apanhado demasiado sol, o que se nota pelo seu bronzeado de pele,
apesar de ter interrompido as férias par ir presidir a um Conselho de Ministros,
retirando essa felicidade ao seu amigo Paulo.
Dir-me-á,
possivelmente, que é tudo uma questão de método, que se impõe a si próprio.
Responder-lhe-ei, sem titubear, que realmente assim deverá ser, com a única
diferença de que para além de tudo isso está, com certeza absoluta, tudo quanto
tem imposto aos cidadãos de poucos recursos, que são aqueles que têm pago todos
os roubos que foram cometidos neste país que se assemelha a um manta rota.
Sem o
conseguir, tentou dar-se conta das disposições gerais, das tendências profundas
de uma pequena cidadania. Nunca levará esse estudo demasiado longe, já que se
trata de um assunto exaurível.
Os políticos
no poder, não cessam de se trair. Por detalhes, aos quais geralmente não se
presta a devida atenção, até porque, geralmente, os sinais são muito pequenos,
traduzindo-se por um olhar, um sorriso e até o jeito desse sorriso, um gesto,
uma reflexão desprovida de propósito, talvez até menos que isso: um pouco de
irritabilidade, de insónia, um cansaço
de memória, uma falta geral de tensão.
Alguns pensarão:
“estão bem arranjados os políticos se precisam de cuidar disso tudo!” Pois é
preciso, e compreende-se que assim seja, como também se compreende que, com
aquelas faltas de memória dêem o dito por não dito, recusando admitir ter, por
exemplo, comprado acções do BPN a determinado preço, o da chuva certamente,
para auferirem dividendos de se lhes tirar o chapéu, tal como aconteceu com o
actual ministro dos Negócios Estrangeiros e muitos mais…
Ora, como se
tem visto e sentido até agora, apesar de todas as “inverdades” por si afirmadas
antes, durante e depois da campanha eleitoral e tomada de posse, um governo por
si liderado jamais faria o que tem feito e irá continuar a fazer com mais ganas
ainda, devido a esse seu temperamento
irascível.
O senhor não
conseguiu ainda compreender que não se pode penetrar na alma alheia por
arrombamento: isso é prova da sua pouca paciência e tacto, como também de
inteligência e “visão”, pois sabe perfeitamente que os portugueses, por
demasiado sacrificados, não aguentarão mais austeridade.
A “crise”
(???) irrompeu e de imediato o senhor Pedro considerou que ela tinha uma causa:
“a vida da cidadania acima das suas possibilidades”. Fê-lo por orgulho ou por
vaidade? Eis o que falta descobrir. Ou por instabilidade nervosa, delírio
imaginativo ou insociabilidade? Como pode verificar, não faltam hipóteses e
todas elas válidas e credíveis em si.
E, às cegas,
sem dó nem piedade, dentro da sua cabeça começou a germinar um único
pensamento: “custe o que custar”, deverei cumprir as ordens de Frau Merkel, e
que se lixem – treta absoluta – as eleições para já autárquicas e depois as
legislativas – não se pronunciando acerca dos atropelos à Constituição pelos
candidatos do seu partido, que após já vários mandatos pretendem conseguir
mais, acima ou abaixo da lei geral do país, ao mesmo tempo que tenta
influenciar o Tribunal Constitucional em vários aspectos.
Não sendo o
único a pensá-lo, considero que Portugal e os portugueses estariam bem melhor
sem a sua presença no poder político.
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