Na Alemanha do século XXI, a partir do
primeiro dia de Novembro, todo o registo de nascimento passa a ter uma terceira
opção para indicar o sexo do bebé. Coisa curiosa, sem dúvida, uma vez que
existe um termo – hermafrodita – para designar uma criança que nasceu com
ambos os sexos, e passo a explicar.
Designa-se por hermafrodita – do nome grego
Hermafrodito, filho de Hermes e de Afrodite -
todo o representante dos géneros masculino ou feminino, um ser ou animal
que possui órgãos sexuais de ambos os sexos, numa espécie dióica, ou seja, em
que normalmente os sexos se encontram em indivíduos separados, podendo aparecer
indivíduos hermafroditas, ms geralmente por um processo teratológico, isto é,
por uma má formação embrionária.
Ora, podem existir três tipos de
hermafroditismo humano: o verdadeiro, real, o pseudo-hermafroditismo masculino
e o pseudo-hermafroditismo feminino, detectados à nascença, o que geralmente
faz com que sejam os pais biológicos confrontados com a situação, devendo
pronunciar-se se preferem que o médico, por via cirúrgica e após vários e profundos
exames verificar qual o sexo mais desenvolvido, e seguidamente colocar os pais
ao corrente.
Regra geral, ouvido o diagnóstico, seguem os
conselhos do médico, a criança é operada e é então definido o sexo que a
acompanhará para toda a vida.
No chamado hermafroditismo verdadeiro, os
bebés nascem com os dois órgãos sexuaisbem formados, possuindo os órgãos
sexuais internos e externos de ambos os sexos, incluindo ovários, útero,
vagina, testículos e pénis. Nesta forma de hermafroditismo, a maioria das pessoas
são geneticamente do sexo feminino – cromossomas XX – e a formação dos órgãos
sexuais masculinos é atribuída a causas ainda desconhecidas.
No pseudo-hermafroditismo masculino, a
criança nasce geneticmente como do sexo masculino – cromossomas XY – embora os
órgãos sexuais externos nõ se desenvolvam completamente.
No hermafroditismo feminino, a criança nasce
geneticamente como do sexo feminino – cromossomas XX – embora o clítoris se
desenvolva excessivamente, adquirindo um formato semelhante a um pénis
(Clitoromegalia).
Atribui-se uma suposta causa não genética
para o pseudo-hermafroditismo feminino aos efeitos dos medicamentos utilizados
no tratamento da hiperplasia congénita das supra-renais (HCSR), por deficiência
da 21-Hidroxilase, uma doença genética que necessita de tratamento permanente e
que, nalguns casos, não é interrompido por gestantes que não sabem estar
grávidas.
Uma teoria genética recente procura explicar
várias anomalias sexuais do hermafroditismo humano com sequências palíndromos
presentes no cromossoma Y.
Segundo essa teoria, as sequências
palíndromos presentes no cromossoma Y, que supostamente protegeriam esse
cromossoma de mutações genéticas, poderiam, ocasionalmente, esticar-se e formar
uma atracção fatal com o palíndromo similar do seu vizinho, alterando o tamanho
e/ou deslocando o centrómero do gene: os cromossomas gerados nessas divisões
celulares teriam comprimentos variáveis, curtos e longos, , com centrómeros
deslocados ora para o centro, ora para
as extremidades.
Nessa
teoria, os pacientes nos quais a distância entre os dois centrómeros do Y é
curta, seriam homens, ao passo que quanto maior a distância entre os centrómeros,
maior a tendência de que os pacientes sejam anatomicamente feminilizados.
Essa
pesquisa incluiu alguns pacientes do sexo masculino – cromossomas XY –
portadores do síndrome de Tuner, uma condição só então conhecida em mulheres
que nascem com um único cromossoma X – cromossomas 45-XO2.
De fazer
notar que, os hermafroditas são frequentemente estéreis e que todos os
hermafroditas verdadeiros o são.
Francamente,
não se pode compreender que Frau Merkel pretenda decretar o nascimento de crianças
cujo sexo é indefinido. Será que pretende os votos do lobi homossexual?
É que, salvo
algumas “aberrações” todo o ser humano nasce com um sexo bem definido, ou então
hermafroditas, embora este fenómeno seja bastante raro, e, mesmo assim, têm
solução cirúrgica.
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