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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

«ALÉM DE TUDO, É CRIMINOSO»

Na Alemanha do século XXI, a partir do primeiro dia de Novembro, todo o registo de nascimento passa a ter uma terceira opção para indicar o sexo do bebé. Coisa curiosa, sem dúvida, uma vez que existe um termo – hermafrodita – para designar uma criança que nasceu com ambos os sexos, e passo a explicar.

Designa-se por hermafrodita – do nome grego Hermafrodito, filho de Hermes e de Afrodite -  todo o representante dos géneros masculino ou feminino, um ser ou animal que possui órgãos sexuais de ambos os sexos, numa espécie dióica, ou seja, em que normalmente os sexos se encontram em indivíduos separados, podendo aparecer indivíduos hermafroditas, ms geralmente por um processo teratológico, isto é, por uma má formação embrionária.

Ora, podem existir três tipos de hermafroditismo humano: o verdadeiro, real, o pseudo-hermafroditismo masculino e o pseudo-hermafroditismo feminino, detectados à nascença, o que geralmente faz com que sejam os pais biológicos confrontados com a situação, devendo pronunciar-se se preferem que o médico, por via cirúrgica e após vários e profundos exames verificar qual o sexo mais desenvolvido, e seguidamente colocar os pais ao corrente.

Regra geral, ouvido o diagnóstico, seguem os conselhos do médico, a criança é operada e é então definido o sexo que a acompanhará para toda a vida.

No chamado hermafroditismo verdadeiro, os bebés nascem com os dois órgãos sexuaisbem formados, possuindo os órgãos sexuais internos e externos de ambos os sexos, incluindo ovários, útero, vagina, testículos e pénis. Nesta forma de hermafroditismo, a maioria das pessoas são geneticamente do sexo feminino – cromossomas XX – e a formação dos órgãos sexuais masculinos é atribuída a causas ainda desconhecidas.

No pseudo-hermafroditismo masculino, a criança nasce geneticmente como do sexo masculino – cromossomas XY – embora os órgãos sexuais externos nõ se desenvolvam completamente.

No hermafroditismo feminino, a criança nasce geneticamente como do sexo feminino – cromossomas XX – embora o clítoris se desenvolva excessivamente, adquirindo um formato semelhante a um pénis (Clitoromegalia).

Atribui-se uma suposta causa não genética para o pseudo-hermafroditismo feminino aos efeitos dos medicamentos utilizados no tratamento da hiperplasia congénita das supra-renais (HCSR), por deficiência da 21-Hidroxilase, uma doença genética que necessita de tratamento permanente e que, nalguns casos, não é interrompido por gestantes que não sabem estar grávidas.

Uma teoria genética recente procura explicar várias anomalias sexuais do hermafroditismo humano com sequências palíndromos presentes no cromossoma Y.

Segundo essa teoria, as sequências palíndromos presentes no cromossoma Y, que supostamente protegeriam esse cromossoma de mutações genéticas, poderiam, ocasionalmente, esticar-se e formar uma atracção fatal com o palíndromo similar do seu vizinho, alterando o tamanho e/ou deslocando o centrómero do gene: os cromossomas gerados nessas divisões celulares teriam comprimentos variáveis, curtos e longos, , com centrómeros deslocados  ora para o centro, ora para as extremidades.

Nessa teoria, os pacientes nos quais a distância entre os dois centrómeros do Y é curta, seriam homens, ao passo que quanto maior a distância entre os centrómeros, maior a tendência de que os pacientes sejam anatomicamente feminilizados.

Essa pesquisa incluiu alguns pacientes do sexo masculino – cromossomas XY – portadores do síndrome de Tuner, uma condição só então conhecida em mulheres que nascem com um único cromossoma X – cromossomas 45-XO2.

De fazer notar que, os hermafroditas são frequentemente estéreis e que todos os hermafroditas verdadeiros o são.

Francamente, não se pode compreender que Frau Merkel pretenda decretar o nascimento de crianças cujo sexo é indefinido. Será que pretende os votos do lobi homossexual?


É que, salvo algumas “aberrações” todo o ser humano nasce com um sexo bem definido, ou então hermafroditas, embora este fenómeno seja bastante raro, e, mesmo assim, têm solução cirúrgica.

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