Do modo como s coisas se apresentam
relativamente à doença e ao desemprego, quem poderá considerar que os cidadãos
devem manter-se calmos e calados?
Quando as pessoas doentes mais precisam de
dinheiro, para medicamentos e uma alimentação mais racional, e os desempregados
– seres humanos como os demais, sejam políticos ou não – se vêm cada vez mais
privados – desta vez de mais 6% dos seus subsídios – assiste-se a mais uma
bandalheira de cortes, que vão conduzir a mais miséria, fome e até morte!
É gravíssima semelhante atitude insensível,
indigna de gente de bem, que prefere obedecer a ditames vindos de Berlim ou
Bruxelas que da sua consciência, se a tivessem, felicitando-se depois pelo que
afirmam ser dito pelos “troikanos”, de que Portugal está no bom caminho.
Evidentemente que está, rumo ao inferno cá na
grande aldeia lusitana, onde os “senhores” preferem tratar a cidadania como
meros objectos sem valor, tal como
aconteceu com a evaquação dos doentes do hospital dos Mameleiros, na Madeira,
tendo-se esquecido os responsáveis daqueles que ali se encontram internados
para se tratarem da toxicodependência.
Se de algo pode valer, deixo aqui um apelo às
autoridades competentes, para que evitem a cada vez mais profunda miséria
humana e social que se vai viver em Portugal a partir de hoje, já que, deste
modo, a bandalheira fará cada vez pior à suposta equidade que deve ser
salvaguardada pela democracia, e pelos direitos humanos.
As pessoas afectadas deverão poder manter a
sua (arrendada) casa, devem alimentar-se e com dietas que ficam mais caras que
um regime dietético normal, e os
desempregados devem também poder ter um tecto, roupa e alimentação, para si e
para os seus, sejam crianças ou velhos.
Nem todos podem ser como aquele pai que gastou
milhares para que seus filhos se licenciassem e que agora lhes dá, além do
salário mínimo que um deles recebe, uma compensação económica preenchendo-lhe o vencimento para que possa
fazer uma vida normal.
Tenho
impressão de que o actual governo está a lançar demasiados desafios à cidadania,
que começa a perder a paciência de o aturar.
“Primeiro que tudo, devem estar as pessoas”,
devendo poder viver com dignidade e não sob toda a bandalheira que se instalou
em Portugal há dois anos…
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