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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

«ÀS TELEVISÕES E OUTROS MEIOS DE COMUNICAÇÃO PORTUGUESES»

Uma crónica a ler absolutamente e a difundir amplamente para compensar a desinformação!


Porto, 23 de Agosto de 2013-08-23

O país que é Portugal é ofuscado, escandalizado pois desde há cerca de duas semanas que mais notícias não passam senão as dos incêndios que alastram pelo país, de ua forma quase sistemática, passando pela Madeira e centralizando-se no continente.

Quando começaram todos esses fogos que, quanto a mim, são de origem criminosa, não casuais ou devidos ao calor solar, aos vidros partidos que façam de lentes.

Criminosa a sua origem devido a dois factores fundamentais:

- Incúria dos proprietários, incluindo o próprio Estado, que não limpam nem mandam limpar as matas ou florestas;

- Oportunismo dos possíveis interessados em madeira mais barata, para a confecçãao de aglomerados de madeira, indústrias de celulose ou mesmo ódio aos proprietários das matas.

Todavia, reúnem-se os ministros e decidem ignorar as mãos criminosas, disponibilizando agentes policiais que investiguem como, quando e porquê começaram a arder todas essas árvores e arbustos, o mato e demais flora, que ardendo dá cabo de parte da fauna.

Usam-se termos bonitos, tomam-se ares compungidos, relatam-se e mostram-se imagens filmadas à hora do almoço ou do jantar, talvez com a ideia em mente de que os portugueses deverão manter a linha, já que imagens e notícias há que chocam profundamente os mais sensíveis.

Mas também as televisões repetem as imagens e mais notícias vezes sem conta, porque talvez os portugueses devam continuar a viver alienados, sobretudo em época pré-eleitoral.

Quando surge um novo caso, logo se deslocam para lá, enviando imagens que degradam a sociedade portuguesa, que a aliena completamente, porque deixa de pensar (!!!) na miserável vida que vive.

Trata-se, portanto, de uma verdadeira agressão à sanidade mental da cidadania, com interesses menos claros por trás de todas essas alienações despudoradas.

É evidente que só ouve, que só vê quem quer, que só se deixa alienar quem vive mais fragilizado. Pobres portugueses, vítimas dos seus “carrascos” que dominam os meios de comunicação e nada mais podem ver nas televisões que a satisfação de egos que se limitam a imaginar sempre novos meios, mórbidos que sejam, para que durante o dia se limitem a lamentar a sorte madrasta de seus concidadãos vítimas do “maldito” fogo.

É urgente que levantemos os escudos para reclamar  e proclamar o direito de todo o cidadão a “manifestar pacificamente” contra qualquer coisa que começa  tornar-se tragi-cómico.

Nenhum governo deve ter a legitimidade de impor ao povo toda essa trági-comédia com que o metralha durante dias, semanas a fio, mostrando e repetindo imagens e palavras, frases e opiniões que a nada conduzem, só para que o povo português se veja totalmente alienado por supostas notícias que já deixaram de o ser.

Se assim quisessem, haveria notícias bem mais importantes, ressalvando aqui a perda de vidas humanas desses heróis que são os bombeiros e que tão maltratados são por vezes pelos políticos no poder, notícias que, apesar de tudo, é preferível manter no segredo dos “deuses”!

Mas, quem pensarão que estão a gozar? Sabe-se que, psicologicamente, as más notícias são, em parte, desafios para alguns cometerem novos desvarios.


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