Ex-líder do
PSD diz que ministra não se deve demitir. Ex-ministro das Finanças considera
que a governante não tem peso político.
Ministra
diz que está a ser alvo de campanha
A forma como a ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque tem
gerido o caso dos swap, os
contratos de cobertura de risco de crédito, é criticada pelo comentador
político social-democrata Luís Marques Mendes. O ex-ministro das Finanças de
Sócrates, Luís Campos e Cunha, considera que falta peso político à governante.
À edição do Expresso deste sábado, a ministra queixa-se de
estar a ser alvo de uma campanha para desviar as atenções de o anterior Governo
ter criado o problema dos swaps e não o ter resolvido. O
primeiro-ministro, neste domingo, reafirma a sua confiança em Albuquerque.
Sábado, no Jornal
da Noite da SIC, Luís
Marques Mendes acusou Maria Luís Albuquerque de cometer “uma falha de alguma
azelhice política”. “Ela teve aqui uma falha, uma falha de alguma azelhice
política. Agora, é motivo para a demissão? Isso também é um exagero”, defendeu
o comentador político e antigo líder do PSD, considerando que não existe
nenhuma evidência de que Maria Luís Albuquerque tenha faltado à verdade no
Parlamento.
Para o economista e ex-ministro
das Finanças do Governo de José Sócrates, Luís Campos e Cunha, a ministra não
tem o peso político e técnico de Vítor Gaspar. Em entrevista ao Diário
de Notícias, este domingo, o ex-governante diz que "a
partir deste momento o primeiro-ministro é verdadeiramente o ministro das
Finanças."
Quanto à polémica dos swaps,
Campos e Cunha é da opinião que deve ter-se em conta que "foram
contratados fundamentalmente durante o Governo anterior e são esses gestores
das empresas públicas e alguns responsáveis políticos os primeiros
responsáveis". Mas, alerta, que esses instrumentos financeiros "em si
mesmo, não são necessariamente maus pois os swaps são necessários e importantes
para a gestão das finanças empresariais".
Recorde-se que na sexta-feira, PS,
PCP e Bloco de Esquerda pediram a demissão de Maria Luís Albuquerque, acusando-a
de ter mentido no Parlamento. Ao Expresso a ministra disse já ter posto o
seu lugar à disposição. Este domingo, em Alijó, o primeiro-ministro Passos
Coelho voltou a reafirmar a confiança na governante: "O futuro mostrará
que a [minha] confiança é justificada porque estamos a resolver um problema
muito sério."
Passos Coelho lembrou que o seu Governo herdou muitos desses contratos, que "foi preciso aparecer a troika para fazer o levantamento" dos mesmos e que Maria Luís Albuquerque, então como secretária de Estado e agora como ministra tem acompanhado este processo.
Passos Coelho lembrou que o seu Governo herdou muitos desses contratos, que "foi preciso aparecer a troika para fazer o levantamento" dos mesmos e que Maria Luís Albuquerque, então como secretária de Estado e agora como ministra tem acompanhado este processo.
Primeiro-ministro
considera que o futuro vai dar razão à Ministra das Finanças
=Público=
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