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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Bloco e PCP pedem demissão de secretário de Estado do Tesouro

Na base deste pedido está uma notícia da revista Visão que garante que Joaquim Pais Jorge tentou, em nome do Citigroup, vender contratos swap ao Governo de José Sócrates.

·         Ana Drago não aceita que alguém que tentou vender um negócio enganoso ao Estado fique agora a tutelar os contratos swap

 

·         Bernardino Soares entende que nem Maria Luís Albuquerque nem Joaquim Pais Jorge têm condições para continuar


O Bloco de Esquerda e o PCP pediram a demissão do atual secretário de Estado do Tesouro, uma vez que Joaquim Pais Jorge tentou, segundo a revista Visão, vender três contratos swap ao Governo de José Sócrates quando trabalhava no Citigroup.

A bloquista Ana Drago classificou de «absolutamente aterradora a notícia» da revista Visão, onde se diz que a proposta entregue ao Instituto de Gestão do Crédito Público por Joaquim Pais Jorge, que acabou por não ser aceite, defendia que o Estado poderia maquilhar o aspeto das contas públicas junto da União Europeia.

«É absolutamente extraordinário que alguém que tentou vender um truque orçamental ao Governo português para maquilhar contas públicas com contratos fique agora, em nome do Governo, a negociar os contratos swap», acrescentou.

Em declarações à TSF, Ana Drago disse que é «manifesto, em nome de alguma higiene política e alguma honradez, que este secretário de Estado seja o mais rapidamente possível afastado do seu cargo».

«Não é possível que alguém que apresentou um negócio enganoso ao Estado português fique agora a tutelar os contratos swap tóxicos que tanto brado têm dado na sociedade portuguesa», concluiu.

Também ouvido pela TSF, o comunista Bernardino Soares disse não ficar surpreendido que a ministra Maria Luís Albuquerque, envolvida nestes contratos, tenha «contratado um secretário de Estado que conhecia bem este tipo de negócios e era vendedor deste tipo de contratos no tempo do Governo anterior».

«É portanto uma equipa totalmente envolvida com estes negócios ruinosos e que não nos oferece confiança para gerir o Ministério das Finanças. A ministra não tem condições para continuar e, por maioria de razão, este secretário de Estado também não», resumiu o líder da bancada parlamentar do PCP.


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