Joaquim Pais
Jorge, atual secretário de Estado do Tesouro, tentou vender ao Executivo de
José Sócrates, em nome do Citigroup, três contratos de 'swap' para
"melhorar" o aspeto das contas públicas
Portugal
não é a Grécia. Esta frase foi repetida, vezes sem conta, desde que rebentou a
crise do euro. A prova desta afirmação vem, geralmente, de seguida: Portugal
não "maquilhou" as suas contas públicas para escapar ao radar da
União Europeia.
O que
não se sabia, até agora, é que houve tentativas de o fazer.
Logo
em 2005, quando o primeiro Governo de José Sócrates tomou posse, uma das
maiores instituições financeiras mundiais, o Citigroup, tentou oferecer uma
"solução para melhorar o ratio dívida/PIB em cerca de 370 Milhões de euros
em 2005 e 450 M de euros em 2006". Essa solução passaria pela aquisição,
pelo Estado português, de três contratos de swap fornecidos pelo Citigroup,
baseados em produtos "derivados". O documento, entregue pelo banco ao
IGCP, ao ministério das Finanças, e ao gabinete do primeiro-ministro,
explicava, no final, as vantagens: "Os Estados geralmente não providenciam
[ao Eurostat] informação sobre o uso de derivados. (...) Os swap serão,
efetivamente, mantidos fora do balanço".
Ao
gabinete de José Sócrates, a proposta foi entregue por Paulo Gray,
diretor-executivo para Portugal do Citi, e atual responsável pela consultora
Stormharbour (contratada por Maria Luís Albuquerque para analisar os swaps das
empresas públicas) e pelo diretor do Citibank Coverage Portugal, Joaquim Pais
Jorge, o homem que assumiu, no dia 2 de julho, o cargo de secretário de Estado
do Tesouro, na atual equipa do ministério das Finanças.
LEIA A REPORTAGEM NA ÍNTEGRA NA VISÃO
QUE VAI AMANHÃ PARA AS BANCAS
PS: Pelos vistos, parece haver “muita confusão e muita mentira” com este caso dos “swap”.
E
também muita trafulhice.!!!
=Visão=
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