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segunda-feira, 8 de julho de 2013

«QUEM VIER ATRÁS, QUE FECHE A PORTA…»

Estou realmente convencido de que foi em Portugal que se inventaram os contos de fadas,  passando a contar um que não consta da grande lista actual. Espero, com isso,  fazer história, como é o desejo de muitos megalómanos que por aí andam.

Pessoalmente, não me incluo no rol desses indivíduos, já que, por natureza, sou demasiado modesto.

Um dia, em Coimbra, nasceu um coelhinho que, passados uns tempos foi, com seus pais, para Angola onde ficaram uns anos, gozando de boa vida até que aquela ex-colónia se lembrou de deixar de o ser, querendo os nativos ser um país independente.

Durante cerca de cinco séculos, aquele povo tinha sofrido todas as humilhações que um povo pode sofrer, desde a escravatura, o transporte para as terras do Novo Mundo e da América Latina, onde eram vendidos com simples mercadoria, para se verem obrigados a trabalhar, a troco de um para refeição diária, que assegurasse a sua vida e o bem-estar dos seus donos. Outros povos africanos sofreram as mesmas sevícias.

Pois bem, esses povos, todos juntos, decidiram revoltar-se e exigir a sua emancipação e independência dos seus países, o que fez com que todos os coelhinhos, coelhos e outros oriundos da antiga Metrópole, regressassem ao seu país, lastimando-se de terem sido roubados pelos malvados dos pretos de tudo o que possuíam, esquecendo-se de que tudo o que tinham tinha sido obtido à custa do sangue, suor e lágrimas dos naturais daquelas terras prósperas e ricas.

Ali, Coelhos, Salgueiros, Rochas, Relvas e tantos outros, quase se limitavam a enriquecer de qualquer maneira e feitio, enquanto os naturais, a troco de uma côdea diária dava o corpo ao manifesto, trabalhando duramente par os seus senhores de cor branca.

Com  revolta dos tais pretos, gente inculta e sem alma, como eram considerados, os oportunistas e esclavagistas brancos e da Lusitânia, em vez de se sentarem à volta de uma mesa e conversarem, não, decidiram voltar ao país que haviam deixado, com ou sem seus pais, dependendo da idade em que tinham decidido ir explorá-los até à medula.

Ora, como nunca tinham aprendido  partilhar fosse o que fosse com os pretos, quando regressaram ou vieram, pois alguns nasceram mesmo naquelas terras onde imperava  escravatura e o enriquecimento dos brancos da Metrópole, que a dados momentos usavam da violência do mais forte e poderoso para continuarem  ser os donos daquela gente, o que foi fazendo com que nascesse a natural revolta dos povos africanos.

Alguns brancos, militares, foram para lá combatê-los, e à sua revolta, mas puderam apreciar tratar-se de uma luta inútil e também um luta fratricida que jamais resolveria a situação.

Entretanto, na Metrópole outros militares se revoltaram colocando um ponto final na ditadura que então ali se vivia, correram com os carrascos do povo e dos pretos coloniais, negociaram a independência e a liberdade daqueles povos e tudo se acalmou.

Mas, como nunca tinham trabalhado na vida, muitos desses, a quem começaram a designar como retornados, chegados à Metrópole, pretendiam continuar a viver de expedientes, no que eram peritos.

Alguns fizeram-se políticos, para a desgraça dos metropolitanos e, de certo modo, começaram a lenta substituição dos ex-apaniguados do ditador fascista, tudo fazendo, lentamente, para obrigar a um regresso ao passado, o que, sem dúvida alguma conseguiram, conseguindo também colocar mais de um milhão no desemprego, quase dois milhões na miséria e tomando conta dos lugares chave da metrópole.

A situação começou a ficar de tal modo difícil que hoje quase todos os metropolitanos lamentam ter dado apoio  esses “africanistas” que têm sido a desgraça de Portugal, apesar de nem todos…


Costuma dizer-se que a vingança deve servir-se fria. Será que existirão motivos par que a tal vingança seja posta em prática? Valeria a pena dar uma vista de olhos aos cargos ocupados por esses retornados..!

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