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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Portugal vive “situação de crash”. Bolsa afunda e juros da dívida disparam

Na dívida a 10 anos, os juros ultrapassaram os 8%. "Portugal está impossibilitado de ir aos mercados".
Está a ser violenta a reacção dos mercados à crise política decorrente do pedido de demissão do ministro Paulo Portas. A Bolsa nacional abriu a descer mais de 6% e os juros da dívida portuguesa disparou para mais 8% no prazo a dez anos. 

É uma “reacção extremamente negativa, de ‘crash’, apenas equiparada à queda de 1999, com a crise na América Latina”, afirma à Renascença o especialista Pedro Lino, da corretora Dif-brokers. 

“Portugal está agora bastante longe do acesso aos mercados ao nível da dívida”, sobretudo de longo prazo”, acrescenta, explicando que “os mercados estão com falta de visibilidade no futuro” e que “qualquer investidor vai esperar um sinal de estabilidade”. 

Esta quarta-feira de manhã, os juros da dívida soberana de Portugal estavam a subir bastante em todos os prazos, estando o prazo de 10 anos a ser transaccionado a 8,002%, depois de terem fechado na terça-feira a 6,720%. 

A dois e cinco anos, os juros da dívida soberana portuguesa estavam a transaccionar-se a 4,434% e a 6,816%, contra os 3,504% e 5,508% do fecho de terça-feira. 

É a reacção à demissão, ontem à tarde, do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, por discordar da escolha de Maria Luís Albuquerque para substituir o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que abandonou o Governo no dia anterior. 

Quanto à bolsa, está a negociar em queda livre. A sessão começou com o índice PSI-20 a cair 5,25%. 


Tensão na bolsa e mercado da dívida espanhóis 

A crise política portuguesa está a causar tensões no mercado da dívida soberana e na bolsa em Espanha, agravando uma situação já negativa devido à preocupação sobre a situação no Egipto e sobre os dados macroeconómicos na China. 

O principal indicador da bolsa espanhola, o Ibex-35, abriu no vermelho e pouco depois das 9h30 (8h30 em Lisboa) perdia 2,91%, com o risco da dívida a 10 anos a subir 5,14%. 

No mercado secundário, os títulos espanhóis a 10 anos estavam a negociar a 4,77%.

=Renascença=

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