Certamente que é necessário apreciar esta ida
de Passos Coelho a Berlim, quando em
Portugal se vive uma crise política cujas repercussões são mais que
imprevisíveis.
Pelo contrário, deveria ter-se mantido em
Portugal sem ir pedir ajuda a Merkel e ou a Hollande, já que Portugal é um país
soberano, apesar de membro da União Europeia.
Não podemos continuar a ajoelhar-nos perante
aqueles que se imaginam os “donos e senhores da Europa”, nada ligando aos
portugueses, embora dizendo tratar-se de um patriota.
A vida no país e do país deverá estar acima
de tudo, o que parece não ser a opinião do senhor Pedro, que após as saídas
havidas no governo que lidera, deveria ter evitado sair de Portugal, onde há
assuntos de interesse imperativo nacional a resolver.
Aliás, na sua ausência para se deslocar a
Berlim, quem ficou como seu substituto caso surja uma emergência? Quem ficou incumbido
de lhe telefonar, por exemplo, para decidir que fazer ou dizer em caso de
surgir uma emergência?
Como pôde a Assembleia da República autorizar
a sua ida a Berlim num semelhante contexto? Ou será que nem sequer solicitou a
viagem na Casa da Democracia? A viagem até poderia estar já autorizada, mas,
dado o que aconteceu nos últimos dois dias, não deveria ter avisado da sua
ausência em Berlim, em vez de abandonar o país?
Pelos vistos, terá decidido por si mesmo, e
unicamente por si esta ida a Berlim, como uma espécie de romagem junto daqueles
que se imaginam os Imperadores da Europa pedir clemência e ajuda para poder
manter-se num governo todo esfarrapado e no qual teima, sabendo que se encontra
em estado de coma sem qualquer sinal de vida cerebral, ou seja, em estado
pré-morten.
Quando são os interesses materiais a guiar as
pessoas em vez de os interesses nacionais, quem se importa com o que possa
acontecer ao país e ao povo?
Penso que alguém que “os tenha no devido
sítio” deveria chamá-lo à atenção e até obrigá-lo a demitir-se, uma vez que,
quando o barco se afunda, o “comandante” deve ser o último a abandoná-lo.
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