Pedro
Passos Coelho e Paulo Portas voltam a encontrar-se na manhã desta quinta-feira.
Cavaco recebe primeiro-ministro às 17h.
Pedro
Passos Coelho e Paulo Portas encontraram-se na quarta-feira à noite no Palácio
de São Bento. O encontro foi descrito à agência Lusa por uma fonte
governamental como "muito construtivo".
Os líderes do PSD e do CDS/PP voltam a reunir-se nesta quinta-feira (hora e local desconhecidos), dia em que também decorre um Conselho de Ministros, a partir das 8h30. Às 17h, o primeiro-ministro será recebido por Cavaco Silva, na habitual reunião das quintas-feiras.
Os líderes do PSD e do CDS/PP voltam a reunir-se nesta quinta-feira (hora e local desconhecidos), dia em que também decorre um Conselho de Ministros, a partir das 8h30. Às 17h, o primeiro-ministro será recebido por Cavaco Silva, na habitual reunião das quintas-feiras.
A Presidência da República tinha
anunciado também para hoje reuniões com os partidos, mas a agenda de Cavaco
Silva, revelada a meio da tarde de quarta-feira, não constavam as reuniões com
os partidos com representação parlamentar. Fonte da Presidência afirmou ao
PÚBLICO que estes encontros acontecerão amanhã.
Passos Coelho e Portas tentam
agora um acordo que possa segurar o Governo. O CDS repete que a demissão de
Portas como ministro é "irreversível", mas os altos dirigentes
esperam que ele seja candidato a líder no congresso, que vai mesmo realizar-se
neste fim-de-semana. Ontem à tarde, na reunião da cúpula do partido, Portas
ouviu críticas da maior parte dos dirigentes desagradados com as consequências
para o país.
Na reunião da executiva, Portas
não foi poupado pela maioria dos seus colaboradores mais próximos, quase todos
apanhados de surpresa pelo pedido de demissão. Teresa Caeiro (vice-presidente)
Telmo Correia (vice da bancada), Adolfo Mesquita Nunes e Filipe Lobo d’Ávila,
ambos secretários de Estado, terão sido críticos da forma como o líder do CDS
actuou nos últimos dias, segundo relatos feitos ao PÚBLICO. E houve mesmo quem
apontasse a decisão de Portas como "um erro".
Muitos centristas compreendem, no
entanto, as razões invocadas por Portas para alegar a sua impossibilidade de
continuar. É pouco ouvido por Passos Coelho nas decisões estratégicas do
Governo e essa era precisamente a sua justificação para ser membro do Governo.
O líder do CDS "está farto de ser tratado como o presidente de uma distrital
do PSD e de receber ordens", diz uma fonte centrista.
Passos: a
culpa é de Portas
Do lado do PSD, colaboradores próximos de Passos Coelho estavam ontem entre o chocado e o furioso com Paulo Portas, vendo o pedido de demissão como um acto infantil, intempestivo e que não mediu as consequências do risco de um segundo resgate financeiro.
Do lado do PSD, colaboradores próximos de Passos Coelho estavam ontem entre o chocado e o furioso com Paulo Portas, vendo o pedido de demissão como um acto infantil, intempestivo e que não mediu as consequências do risco de um segundo resgate financeiro.
O próprio Passos Coelho não poupou
o parceiro de coligação, em declarações em Berlim, após uma conferência
europeia sobre emprego. "Os portugueses não perceberiam que, por meras
preferências quanto a nomes para pastas do Governo, se colocasse em risco tudo
o que foi feito ao longo dos últimos dois anos e, sobretudo, que se pusesse em
risco a possibilidade de fechar o Programa de Assistência Económica e
Financeira", afirmou o primeiro-ministro.
Reiterando a disponibilidade para
criar condições de estabilidade dentro da coligação, Passos dramatizou e disse não acreditar que o país não
"esteja interessado em saber qual é o resto do filme" por não ter
havido uma solução rápida para o impasse político.
Ao longo do dia houve já vários
contactos entre colaboradores próximos tanto do PSD como do CDS, e à noite os
dois líderes começaram a negociar novos termos para um entendimento, mas todos
os cenários estão em aberto. Desde uma nova orgânica de Governo até um mero
acordo parlamentar, tudo é possível, segundo fontes centristas.
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desentendimentos
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=Público=
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