Na manhã desta sexta-feira, o Parlamento debate o
estado da nação. Pedro Passos Coelho e António José Seguro falam pela primeira
vez após o discurso de Cavaco Silva, em que o Presidente desafiou os partidos a
um acordo tripartido.
IDEIAS-CHAVE DO DEBATE
Passos: "Como primeiro-ministro, farei tudo para não deixar apodrecer
a situação política em Portugal."
Jerónimo de Sousa critica o Presidente. “Cavaco fez uma proposta para
salvar a política de direita que os senhores não são capazes de concretizar”.
Bloco defende que o Governo morreu: "Desista, o país agradece",
disse João Semedo.
13:49Depois de João Semedo ter
questionado a câmara por Paulo Portas, um ministro demissionário, encerrar o
debate, Passos Coelho tomou a palavra e repetiu que não aceitou a demissão de
Paulo Portas. Isabel Moreira (PS) também interveio para dizer que aceitar o
pedido de demissão de um ministro cabe ao Presidente da República, ao que
reagiu Luís Montenegro (PSD), afirmando que o Presidente da República tem a
função de exonerar, mas que o primeiro-ministro pode ou não aceitar a demissão
de um ministro. O
debate terminou com tensão.
13:45Portas é aplaudido de pé
pelas bancadas parlamentares do PSD e CDS.
13:45Paulo Portas: "O
excesso de crispação política não resolve nenhum dos problemas dos
portugueses". "Vamos fazer esse esforço", diz o líder do CDS,
que pouco antes dissera que a solução de Governo proposta
vencerá a censura.
13:44Líder do CDS sublinha a
importância do diálogo político e das cedências de parte a parte.
13:43Paulo Portas: “Prefiro
pagar um preço de reputação nas vossas intervenções a não fazer o que posso e
devo para um futuro melhor”
13:41Portas cita Francisco Sá
Carneiro para explicar por que recuou na demissão. Primeiro Portugal, depois o
partido, depois a razão pessoal. "Foi com este espírito que a situação foi
superada", diz o líder do CDS, que lembra também Adriano Moreira.
13:39“Debate acontece depois
de a maioria ter ultrapassado problemas políticos não negligenciáveis”, diz
Portas.
13:35O ainda ministro de
Estado e dos Negócios Estrangeiros diz que a prioridade é reaver a soberania e
finalizar o programa de ajustamento.
13:34"Todas as situações
políticas complexas têm solução, desde que cada um faça a sua parte. A maioria
fará a sua parte", começa por dizer Paulo Portas.
13:33Paulo Portas vai agora
falar pela primeira vez em público, depois da sua demissão e do discurso de
Cavaco Silva.
13:24João Oliveira, do PCP,
rebate intervenção da ministra da Justiça. Diz que "o Governo não está
coeso, está em rigor mortis".
13:13Paula Teixeira da Cruz,
ministra da Justiça, é agora quem tem a palavra, defendendo as reformas que o
Governo tem feito nesta área.
13:11Enquanto decorre o debate
sobre o estado da nação, Cavaco Silva deixa um recado aos partidos. O Presidente quer negociações
entre partidos concluídas "num prazo muito curto".
13:06Catarina Martins afirma
que Bloco está disponível para Governo de esquerda, que implique renegociação
da dívida. E volta a pedir "eleições já".
12:58Jerónimo quer um Governo
que rompa com a lógica dos últimos anos e diz que PCP está disposto a assumir
as responsabilidades que o povo lhe quiser dar.
12:56António José Seguro vai reunir-se com o
grupo parlamentar do PS, logo após o debate sobre o estado da nação.
12:53Jerónimo acusa Cavaco de
não querer que eleições mudem o rumo do país.
12:50A palavra volta a
pertencer a Jerónimo de Sousa (PCP).
12:45CDS congratula-se com
moção de censura do partido Os Verdes, que será discutida na próxima semana.
"Será momento de afirmação de uma maioria que não verga", diz Telmo
Correia.
12:42Telmo Correia concorda
que debate e diálogo tem de ser feito por todos os partidos, mas lembra que
qualquer entendimento tem de ser feito entre os três partidos que assinaram o
memorando de entendimento.
12:36Telmo Correia (CDS) diz
que não é tempo de repartir culpas, depois de o socialista António Braga ter
contestado o tom da intervenção de Guilherme Silva.
12:31Guilherme Silva diz que
PSD não teme "o julgamento da história", encerrando uma intervenção
muito dura para o PS. Deputado madeirense disse ainda que "o senhor
presidente da República pode contar com a disponibilidade do PSD para a
concretização de um acordo de salvação nacional".
12:21É agora a vez de
Guilherme Silva (PSD), que recupera críticas ao Governo de Sócrates.
"Herdámos o pântano de Guterres e a bancarrota de Sócrates."
12:17Seguro diz que é
fundamental haver um novo Governo, o que só pode ser conseguido com a palavra
do povo. Ou seja, eleições.
12:08Seguro: os problemas
foram agravados pelos dois anos de governação. O secretário-geral fala nos três
Dês – desemprego, défice, dívida – numa referência, por oposição, aos três dês
do 25 de Abril de 1974 (Democratizar, desenvolver, descolonizar).
12:04Primeiro-ministro
reafirma que quer cumprir a legislatura até ao fim, apesar da exigência de
eleições antecipadas do Presidente. “O insucesso do Governo seria o insucesso
do país”, afirma.
12:01Primeiro-ministro diz a
Seguro que, também ele, está num momento de “grande contenção”. E refere que os
ajustamentos ao memorando têm sido possíveis por Portugal ter alcançado as
metas exigidas pelos credores.
11:47Seguro inaugura terceira
ronda de perguntas: “O PS nunca se ajoelhou perante a troika”.
11:44Passos a Ana Drago (Bloco
de Esquerda): os portugueses julgar-me-ão quando o meu mandato estiver
terminado.
11:35“É preciso trocar por
miúdos” os termos do acordo do Presidente da República, prossegue o
primeiro-ministro.
11:34Passos diz que os seus
termos de referência sobre um acordo estão intrincados na proposta do
Presidente da República.
11:33Passos responde a Seguro:
esforço de compromisso não visa o apoio ao Governo mas que o país não volte a
passar por uma crise como a actual. O primeiro-ministro desafia o líder do PS a
sentar-se à mesa da troika.
11:28Maria Luís Albuquerque,
ministra das Finanças, de novo acusada de ter faltado à verdade na questão das swaps pelo PCP.
11:21João Almeida do CDS, um
dos deputados que em tempos deu voz às críticas a Vítor Gaspar: temos de saber
como é que o PS quer fazer a consolidação das contas públicas.
11:21Montenegro: “Não queremos
apagar a história”. E elenca várias medidas aprovadas pelo Governo que o PS não
votou. “Queremos ser capazes de construir um entendimento que valha”.
11:14Seguro diz a Passos que não é o primeiro-ministro quem
define os termos do entendimento entre os
três partidos e recorda que as condições de Cavaco são a base do processo
político. O líder do PS também diz que todos os partidos devem ser envolvidos
nas negociações.
11:12”Reconhecer que a política de
austeridade falhou é uma condição para o diálogo, diz Seguro, reiterando que
nenhum partido deve ser excluído do diálogo.
10:33”É importante que o país
saiba que a maioria está coesa, diz Passos Coelho na resposta a Nuno Magalhães.
“Este Governo estará pronto para lidar com todas as adversidades futuras”.
10:04”Passos Coelho volta a falar
e responde a Seguro que a crise é antiga e não começou com demissão de Paulo
Portas.
=Público=
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