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terça-feira, 6 de agosto de 2013

«PORTUGAL, MEU PAÍS TÃO AGREDIDO…»

Sabem onde fica situado Portugal? Na Europa, na costa ocidental da Península Ibérica, território habitado desde pelo menos há 1,2 milhões de anos, muito provavelmente por populações oriundas de África. A ligação com o exterior seria uma constante, como o testemunham a passagem sucessiva de vários povos (Fenícios, Gregos, Cartagineses, Celtas…), alguns dos quais aqui fundaram colónias.

Os Romanos foram, contudo, os primeiros a criar uma organização política, administrativa e militar sólida, a partir do século III a. C., ainda que enfrentando rebeliões das populações autóctones em v´rias regiões peninsulares, como a Lusitânia.

A queda do Império Romano, no século V, abriu a porta para uma vaga de invasões dos denominados povos bárbaros, dos quais dois se estabeleceriam na Península: os Suevos e os Visigodos. Os últimos acabariam por dominar os primeiros no final do século VI, ms seriam, por sua vez, suplantados no dealbar do século VIII por novos invasores muçulmanos vindos, na sua maioria, do Norte de África.

Alguns focos de resistência ao ocupante mouro mantiveram-se e evoluíram, recuperando território e tornando-se com o tempo em entidades políticas autónomas.

Uma delas foi o Condado Portucalense, situado entre os rios Douro e Minho, ao qual há referências  partir do século IX, inserido no espaço mais vasto do reino de Leão.

Em meados do século XIII, o país adquiriu praticamente as suas fronteiras actuais no continente europeu e procurou consolidar a sua manutenção através da organização do estado, de medidas de carácter legal, da criação do estado, de medidas de carácter legal, da criação de estudos superiores ou do povoamento do território.

Os avanços geográficos e científicos muito devem ao experimentalismo decorrente das viagens marítimas lusas.

Mas, a escassez populacional, a própria dispersão do império que se estendia do Brasil a Timor, a concorrência sistematicamente mais intensa de outras potências, tudo conduziu a uma progressiva perda de riqueza e consequentemente de poder.

A reunião dinástica ocorrida em 1580 na pessoa de Filipe I de Portugal, II de Espanha, constituiu um sonho de acesso a um imenso mercado colonial à escala mundial, o qual, todavia, não se produziu, afectado entre outros factores pelo desastre da Armada Invencível.

Como no resto da Europa, as décadas intermédias do século XIX assistiram aos conflitos entre absolutistas e liberais, primeiro, e no seio dos vencedores liberais, a seguir. A Regeneração, na segunda metade do século XIX, acalmou o confronto político e o rotativismo entre os dois maiores partidos conduziu a um período de estabilidade política.

Porém, a humilhação sentida no país pela capitulação do rei D. Carlos ante o ultimato inglês de 1890 (que obrigava Portugal a ceder o território situado entre s suas colónias africanas de Angola e Moçambique) ajudou substancialmente a causa da oposição republicana, e, em 1908 D. Carlos foi assassinado e dois anos depois o seu sucessor forçado ao exílio por uma revolução republicana, sendo implantada a República em Portugal.

Em Maio de 1926, um  golpe militar da direita (mas com  passividade simpatizante das esquerdas) instalou a ditadura.

Os elementos mais reaccionários participantes no derrube da República rapidamente se assenhorearam do poder.

Em 1932 foram buscar um professor universitário, António Oliveira Salazar, e entregaram-lhe as rédeas da administração. Salazar pôs em prática um regime antidemocrático, conservador, rural e autoritário que estrangulou as oposições, fazendo uso de repressão sistemática e do cerceamento de liberdades, ditadura que durou até 1974., em que o governo do seu sucessor, Marcelo Caetano não tinha apoios de ninguém, com excepção das franjas mis ultramontanas da situação.

As Forças Armadas queriam um solução  política para a questão africana, os empresários queriam os mercados europeus, as classes médias urbanas aspiravam a maiores liberdades políticas, o proletariado industrial a sindicatos livres, o campesinato  um diferente estruturação da propriedade.

Desde então, a vida política e partidária em Portugal tem sido dominada por dois grandes partidos que se têm alternado no poder – o Partido Socialista e o Partido Social Democrata, mas em  ambos os casos, como acontece actualmente, virados para a direita, coligados com o CDS, praticando políticas essencialmente defensoras do capitalismo, o mais selvagem de sempre, que têm conduzido cada vez mais o povo português a uma miséria humilhante e indigna, com cortes nos salários e pensões e direitos sociais adquiridos através de fortes lutas sindicais do povo português.


Terá Portugal algum presidente da República? É a pergunta que a maioria esmagadora se coloca! 

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