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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

«OS APRENDIZES DE PROPAGANDISTAS»

Exortações e slogans repetidos continuamente numa atmosfera de crise colectiva, constituem a essência da propaganda. As pessoas têm tendência para aceitar a mensagem propagandeada, especialmente quando se sentem ameaçadas e não têm cesso a fontes de informação isentas. A propaganda é, por este motivo, geralmente eficaz em tempo de guerra.

Vejamos o caso do senhor Pedro, por exemplo – o que de modo algum exclui outros “propagandistas” nesta grande aldeia lusitana – como o senhor Silva que pretende convencer-nos de ter provas da seriedade de todos os ministros e ministras do actual governo, confiança essa que lhe terá sido transmitida pelo senhor Pedro, mediante garantia pessoal. Muito belo e oportuno, sim senhor.

O senhor Pedro, ele mesmo, deu início, há tempos atrás, à utilização do termo “União Nacional”, estando eu convencido de que pretendia dizer isso mesmo, sabendo que muitos cidadãos estão ainda traumatizados dos velhos tempos da ditadura e do seu partido único.

Tem usado esse termo na tentativa de fazer uma lavagem aos cérebros dos cidadãos, o que é uma distorção extrema dos processos mentais do ser humano.

Felizmente que uma grande parte dos portugueses, contrariamente ao que ele poderia pensar, estão bem alerta e são conhecedores dos métodos usados pelos “vendilhões do tempo e do templo”, como conhecem também esses métodos indignos de se referir, hipoteticamente, à “unidade nacional” em tempo de crise que sadicamente prolonga.

Pretendeu e talvez pretenda ainda tornar-se num “mensageiro da desgraça” da cidadania nacional, proferindo veladamente “ameaças” desmoralizadoras,  apesar de saber e conhecer muito bem a existência de vários prtidos políticos em Portugal, constitucionalmente legalizados, mas que por vezes lhe dão “água pela barba”, coisa que o irrita consideravelmente.

E, o pior da situação, é que se sente apoiado pelo que deveria manter-se imparcial no seu posto, mas que também ele foi educado naqueles tempos da ditadura e pertenceu, por vontade própria à criminosa polícia de Estado, que era a PIDE, embora mais tarde e já sob a vigência de Marcelo Caetano fosse designada por DGS, talvez  pretendendo confundir alguns com a Direcção Geral de Saúde, o que nem estava errado totalmente, na medida em que efectivamente tratava da saúde de todos os opositores ao regime.

Mas, em breve, a crença fanática do senhor Pedro se transformou em simples magalomania, passando a considerar-se como uma reencarnação do “velho botas”, um predestinado para sanear Portugal dos vícios comunistas e até socialistas, que pretende, destes últimos, que se unam a ele e aos seus ideais, naquela tal “União Nacional”, tudo com a única intenção de consolidar o seu poder.

Quando surgem problemas no seu percurso tenebroso, logo se apressa a afirmar “não me demito!”, fazendo apelo ao presidente da República, que mantém a sua confiança nele e no seu governo.

Aparentemente, alguns mantiveram-se cegamente leais ao seu “messias”, apesar de tudo o que possa acontecer o país e ao povo, especialmente ao mais desfavorecido, ao mais miserável, assim tendo ficado devido a que se tenha hipotecado Portugal e seu povo aos estrangeiros, especialmente a Frau Merkel e às instâncias financeiras, que não se limitam a roer os ossos, mas a comer também toda a carne que encontram na sua voracidade.


Nunca será demasiado desejar que se demita e que o leve o diabo para bem longe dos portugueses que por sua culpa única sofrem as maiores inclemências da vida.

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