Exortações e slogans repetidos continuamente
numa atmosfera de crise colectiva, constituem a essência da propaganda. As
pessoas têm tendência para aceitar a mensagem propagandeada, especialmente
quando se sentem ameaçadas e não têm cesso a fontes de informação isentas. A
propaganda é, por este motivo, geralmente eficaz em tempo de guerra.
Vejamos o caso do senhor Pedro, por exemplo –
o que de modo algum exclui outros “propagandistas” nesta grande aldeia lusitana
– como o senhor Silva que pretende convencer-nos de ter provas da seriedade de
todos os ministros e ministras do actual governo, confiança essa que lhe terá
sido transmitida pelo senhor Pedro, mediante garantia pessoal. Muito belo e
oportuno, sim senhor.
O senhor Pedro, ele mesmo, deu início, há
tempos atrás, à utilização do termo “União Nacional”, estando eu convencido de
que pretendia dizer isso mesmo, sabendo que muitos cidadãos estão ainda
traumatizados dos velhos tempos da ditadura e do seu partido único.
Tem usado esse termo na tentativa de fazer
uma lavagem aos cérebros dos cidadãos, o que é uma distorção extrema dos
processos mentais do ser humano.
Felizmente que uma grande parte dos
portugueses, contrariamente ao que ele poderia pensar, estão bem alerta e são
conhecedores dos métodos usados pelos “vendilhões do tempo e do templo”, como
conhecem também esses métodos indignos de se referir, hipoteticamente, à “unidade
nacional” em tempo de crise que sadicamente prolonga.
Pretendeu e talvez pretenda ainda tornar-se
num “mensageiro da desgraça” da cidadania nacional, proferindo veladamente “ameaças”
desmoralizadoras, apesar de saber e
conhecer muito bem a existência de vários prtidos políticos em Portugal,
constitucionalmente legalizados, mas que por vezes lhe dão “água pela barba”,
coisa que o irrita consideravelmente.
E, o pior da situação, é que se sente apoiado
pelo que deveria manter-se imparcial no seu posto, mas que também ele foi
educado naqueles tempos da ditadura e pertenceu, por vontade própria à
criminosa polícia de Estado, que era a PIDE, embora mais tarde e já sob a
vigência de Marcelo Caetano fosse designada por DGS, talvez pretendendo confundir alguns com a Direcção
Geral de Saúde, o que nem estava errado totalmente, na medida em que efectivamente
tratava da saúde de todos os opositores ao regime.
Mas, em breve, a crença fanática do senhor
Pedro se transformou em simples magalomania, passando a considerar-se como uma
reencarnação do “velho botas”, um predestinado para sanear Portugal dos vícios
comunistas e até socialistas, que pretende, destes últimos, que se unam a ele e
aos seus ideais, naquela tal “União Nacional”, tudo com a única intenção de
consolidar o seu poder.
Quando surgem problemas no seu percurso
tenebroso, logo se apressa a afirmar “não me demito!”, fazendo apelo ao
presidente da República, que mantém a sua confiança nele e no seu governo.
Aparentemente, alguns mantiveram-se cegamente
leais ao seu “messias”, apesar de tudo o que possa acontecer o país e ao povo,
especialmente ao mais desfavorecido, ao mais miserável, assim tendo ficado
devido a que se tenha hipotecado Portugal e seu povo aos estrangeiros,
especialmente a Frau Merkel e às instâncias financeiras, que não se limitam a
roer os ossos, mas a comer também toda a carne que encontram na sua voracidade.
Nunca será demasiado desejar que se demita e
que o leve o diabo para bem longe dos portugueses que por sua culpa única sofrem
as maiores inclemências da vida.
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