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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cancro: PS condena 'racionamento de medicamentos'

O PS recusou hoje o "racionamento de medicamentos", considerando que não se pode travar a aquisição de novos remédios pelos hospitais apenas porque são caros.
"Há uma linha vermelha que o PS nunca deixará ultrapassar não se pode admitir o racionamento de medicamentos na área e muito menos de medicamentos na área de oncologia para o cancro", afirmou o secretário nacional do PS para a área da saúde, Álvaro Beleza, em declarações à Lusa.

O Diário de Notícias noticia hoje que a Ordem dos Médicos (OM) pediu explicações ao Ministério da Saúde sobre uma alegada recusa dos três Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) - Lisboa, Porto e Coimbra - em fornecer medicamentos inovadores a doentes com cancro, nomeadamente a abiraterona, para o cancro da próstata.

O bastonário acusa mesmo a tutela de estar a atrasar artificialmente a aprovação deste medicamento com a decisão da comparticipação.

No entanto, em comunicado, a tutela esclarece que não é o Ministério, mas sim a Comissão de Farmácia e Terapêutica, quem define quais os medicamentos a adotar e sublinha que nesta comissão "participam os melhores especialistas do país".

Considerando que o esclarecimento do ministério da Saúde "não satisfaz", Álvaro Beleza disse que poderá existir "um problema de chamado veto de gaveta".

"Tem que haver racionalidade, os hospitais não podem comprar todos os medicamentos que entretanto aparecem por pressão da industria, tem que haver critérios objetivos, científicos de aprovação dos novos medicamentos", defendendo.

Mas, por outro lado, continuou, "não se pode também travar essa entrada porque são medicamentos caros quando eles de facto são eficazes".

"Está-se a desequilibrar a balança no sentido de racionar e isso é inadmissível, inadmissível", salientou, fazendo votos para que o "bom senso e sentido de humanidade" do ministro possa levar à resolução do problema de forma adequada.

"Acho que há uma orientação no sentido de critérios economicistas a todo o custo e é preciso ter bom senso e sentido de equilíbrio", insistiu, sublinhando que apesar de terem de existir poupanças no sistema de saúde, essas poupanças não podem ser feitas no tratamento dos doentes.

Lusa / SOL

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