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sábado, 17 de agosto de 2013

«A INDIGÊNCIA DE UM DISCURSO SUPOSTAMENTE FREMENTE E PATRIÓTICO»

O primeiro-ministro, de forma dramática e, ao mesmo tempo a pretender dar a entender que existe uma forte coesão na “maioria que suporta o governo”, após ter enchido bem as barriga e bebido um copo para a “sossega”, vibrou enquanto discursava  para toda uma plateia de “tachistas e futuros tachistas, oportunistas adeptos da sua forma de fazer política”, talvez querendo que D. Aníbal de Boliqueime o ouvisse perfeitamente e ficasse bem impressionado, quase desgastava tudo o que antes comera.

Sim! Porque isso de falar de pança vazia, causa fadiga física e moral e era necessário apresentar uma boa forma, porque o povo que se lixe.

Antes uns dias, todos os meios afirmaram o relançamento da economia e a recuperação junto dos mercados, a subida do PIB, vindo alguns “especialistas” aos ecrãs televisivos e nos jornais afirmar que o pior havia já passado nesse aspecto.

Todavia, aqueles 1,1% verificados na subida da economia, a maior percentagem de recuperação da zona euro, segundo os mesmos “especialistas” podiam significar riscos externos e internos que podem colocar em causa o caminho que Portugal está a seguir que, como se tem visto e vivido, é o da miséria de todo o povo.

Mas, apesar de as mesas estarem cheias de malta que muito apreciou o convite e ali acolheu de vários pontos do país, à borla, isto é, à custa daqueles e sempre os mesmos que pagam todas as diferenças, sentia-se tenso e com vontade de dar um ar de seriedade às suas palavras.

Mas, sentia-se um tanto desconfortável, já que tinha uma “pedra no sapato” que lhe dava cabo do “calo sensível” e que tantas consumições lhe causam, pedra que tem o nome de Tribunal Constitucional, para onde o senhor D. Anibal de Boliqueime enviou para já a lei da mobilidade dos funcionários públicos nos seus articulados, solicitando a fiscalização preventiva.

Ora, foram palavras suas, o senhor Pedro vê o próprio Tribunal Constitucional como um risco que pode hipotecar tudo o que foi feito até agora.

Vejamos se nos entendemos, de uma vez por todas. Se a lei geral do país, a Constituição, não for escrupulosamente respeitada e defendida, para que serve ela afinal?

Para que servem, então, os juízes que o compõem? Se. No entender do senhor Pedro e dos restantes acólitos que compõem o governo, se os cidadãos não podem contar com esse órgão soberano e independente da tão frágil democracia portuguesa, acabe-se com ele e com ela também. Ou seja, rasgue-se a Constituição e poupem-se uns milhões nos vencimentos dos juízes que, de modo algum deverão sentir-se pressionados por quem quer que seja.

Se a economia europeia está toda ela fragilizada, e se pode fragilizar ainda mais a nossa, para que servem todos os sacrifícios não pedidos, antes exigidos e impostos aos portugueses?

E, porque motivo não pagam todos aqueles que podem pagar, obrigando os que menos ganham a pagar por eles, esses miseráveis capitalistas que se defendem dizendo serem eles os motores da economia, mas enviando as suas finanças para paraísos fiscais?

“Há símios que se catam no Zoo da capital!”




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