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sábado, 3 de agosto de 2013

«ALIMENTOS PARA O PENSAMENTO»

Para o seu trabalho incessante, o cérebro precisa de energia, que vai buscar aos alimentos. São os hidratos de carbono, como o pão, as massas e o arroz, que produzem essa energia com mais eficiência.

Os processos metabólicos decompõem estes alimentos em glucose, açúcar que circula no sangue e que é o principal fornecedor de energia às células do organismo.

O cérebro é muito exigente em sangue rico em glucose,pois, representando apenas 2% do peso do corpo, utiliza um quinto do sangue total do organismo; além disso, para se manter saudável, o seu tecido precisa de um débito de sangue 10 vezes superior ao tecido muscular, por exemplo.

O tecido nervoso não pode armazenar glucose para utilização futura, como acontece com os músculos e outros órgãos, por isso precisa de ser constantemente alimentado: a glucose é decisiva para o seu funcionamento e, sem ela, o  cérebro não teria energia para transmitir as suas mensagens através dos neurónios.

As proteínas e as gorduras convertem-se em glucose com menos facilidade, mas,  em caso de necessidade, as gorduras do corpo são uma fonte adicional de açuúcar. No entanto, durante a transformação da gordura em glucose libertam-se substâncias tóxicas, as acetonas, que, ao circularem no sangue, provocam irritabilidade, apatia e fadiga.

É por este motivo que as dietas muito restritivas originam níveis anormais de acetonas no sangue e provocam alterações físicas e psicológicas desagradáveis.

“Nem só de pão vive o cérebro.” Para pensar, recordar e analisar, o cérebro não exige apenas glucose, precisa também de proteínas, que são indispensáveis `síntese de certos produtos químicos fundamentais para o funcionamento do cérebro – os neurotransmissores. Neste sentido,  o peixe é de facto um boa fonte de proteínas, tl como a carne magra e os lacticínios.

Obviamente, as proteínas que ingerimos não vão directamente para o cérebro: pela digestão são decompostas em moléculas de aminoácidos, que são os blocos estruturais dos neurotransmissores.

O aminoácido triptofano, por exemplo, é utilizado na produção de serotonina, neurotransmissor que influencia o humor e a percepção da dor.

Do aminoácido tirosina deriva a dopamina, neurotransmissor ligado à experiência do prazer e ao ritmo sono/vigília.

Os nutricionistas advertem que a ingestão excessiva de proteínas não torna ninguém mais inteligente – as calorias a mais engordam!

Mas a carência prolongada de proteínas produzirá efeitos desastrosos no cérebro, que, para os evitar, tem de “roubá-las” ao tecido muscular.


Existem cerca de 2,5 milhões de portugueses, ou talvez mais, com necessidades básicas de proteínas, vitaminas, hidratos de carbono e outros alimentos para as células sanguíneas, e não apenas nas classes menos favorecidas.

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