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quarta-feira, 3 de julho de 2013

«SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA»

Antes de mais, permita-me desejar-lhe um bom dia e que assim seja também nos próximos, culminando com um  óptimo fim-de-semana.

Será que poderei desejar o mesmo a todos os portugueses, meus prezados concidadãos? Creio bem que não, pela simples razão de que o senhor Silva dá a entender, com as suas atitudes e fraseologia que com eles, connosco, pouco ou nada se importa e, por favor, não fale mais de “moções de censura”, a não ser a si dirigidas.

Como acredito na sua inteligência e sagacidade, nem vale a pena dizer mais sobre o assunto, não é verdade?

Vimos assistindo à criação do caos no governo da Nação, com a demissão dos ministros do CDS e a perda da maioria parlamentar que o apoiava até hoje.

Ontem, demitiu-se Paulo Portas, hoje serão apresentadas as demissões quer da ministra Assunção Cristas quer do ministro Pedro Mota Soares. Apesar de tudo, o senhor Pedro afirma não aceitar a demissão do ministro Paulo Portas.

Ora, quem está a causar todo o caos no país, como se não bastasse já a «crise económica e financeira, desemprego – que aumentará ainda mais com todo este caos provocado pela obsessão do senhor Pedro e pela falta de coordenação – fazendo aumentar a miséria entre as hostes populares, mas também a fome e tudo o mais qua adiante se verá.

O senhor jurou defender, respeitar e fazer respeitar a Constituição que lhe atribui certos e determinados poderes que agora pretende rejeitar, tais como a convocação do Conselho de Estado, a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas. Em  casos como aquele que hoje se vive, nõ será apenas um direito, mas um dever fazê-lo.

Mas, teimosamente resiste ao inevitável. Pelo menos tenta resistir, sem sequer ter um simples pensamento que, a existir, seria o mais patriótico, o de devolver ao povo o que ao povo pertence.

Será que se importa alguma coisa com o povo? Talvez não, segundo as suas próprias atitudes e palavras publicamente tidas e proferidas.

Não se compreende até que ponto levará o seu alheamento do caos político-social que se vive actualmente em Portugal, não se compreendendo também toda a sua apatia e inércia perante os factos visíveis como os que neste momento assolam o país e o seu nobre povo.

Recordo a história universal e os casos em que imperadores, presidentes ou reis foram depostos, não acontecendo nunca caso algum da deposição do povo, tendo acontecido, sim, casos de genocídio.

Nõ creio, todavia, que pretenda semelhante solução para o povo português, como não creio que fosse obedecido caso alguém se lembrasse de dar semelhante ordem.

Recordo também a nossa história, sobretudo a mais recente, faço comparações e vejo não haver muitas diferenças entre o que se passava antes de Abril de 1974 e o que se passa hoje, como se alguém sentisse saudades daqueles tempos de fascismo e ditadura, como se algum obstinado pretendesse fazer reviver os mais velhos as misérias do passado. Claro que me refiro aos mais velhos do povo e apenas do povo martirizado pelas políticas pidescas e “legionárias”, pelos bufos e demais colaboradores do regime salazarista/marcelista.

Um dia, há tempos, o senhor Silva queixou-se de que lhe cortavam demasiado nas suas reformas e que sua esposa vivia então na sua dependência. Fez rir toda a “populaça”, como fez rir todos os que pertenciam a uma classe média em extinção,  com a sua colaboração.

Mas o povo deixou de rir para gritar nas ruas a sua indignação face a toda a austeridade que lhe tem sido imposta. Do senhor, apenas algumas palavras às quais o ainda governo se limitou a fazer ouvidos de mercador. E ambos riram em conjunto, enquanto o povo vê aumentar a corrupção e certas promiscuidades sociais, às quais preferem fechar os olhos e os ouvidos.

Como se trata da ralé, quem se rala com eles? Pois, apesar de tudo, o povo existe e sente-se merecedor de mais e sobretudo de melhor, não compreendendo como pode o senhor manter-se impávido e sereno ante todas essas fontes de discórdia, que têm levado às ruas todo um povo de brandos costumes.


Dizia José Afonso às formiguinhas: “mudem de rumo.., já lá vem outro carreiro!”

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