Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 11 de julho de 2013

«JÁ LÁ VAI O PAÍS…»

Tendo nascido e sido criado, educado e licenciado durante a ditadura, tendo vivido alegremente o 25 de Abril de 1974, vejo-me agora numa situação de tal modo ambígua que, como dizem os nossos irmãos brasileiros, “não dá para entender”, levando-me a afirmar, categoricamente, que não mais existem políticos em Portugal.

Existe, todavia, uma situação que concerne ao actual presidente da República, que leva a que todos devamos levantar-nos e clamar, alto e bom som, que saberemos exigir toda a justiça que se impõe seja exigida, uma vez que estamos cansados de ser humilhados e demonstrar que os destinos da nação devem estar sempre nas mãos da cidadania nacional, nunca em apenas meia dúzia de indivíduos.

E, como j´não sou, e muitos há como eu, nenhuma criança, que não podemos admitir que brinquem com a nossa dignidade nem, muito menos, com os nossos direitos como cidadãos de pleno direito.

A que assistimos, hoje, no país?

Grupos de indivíduos juntam-se para melhor poderem colocar a pata sobre o povo, roubam-no de forma constante, tentam fazer dele gato-sapato, retirando-lhe o que lhe pertence para distribuir pelos amigos, mas também em proveito próprio.

Fala-se, cá na grande aldeia, de eleições livres quando, à partida já estão viciadas pelos projectos feitos promessas que jamais se cumprirão, o que todos se apercebem e que os que se ergueram ao poder através de todas essas mentiras se dão conta de que as coisas já não correm como deviam e que os “lobos esfaimados” deverão “uivar” bem alto tentando assustar-nos para que possam fazer como mais lhes convém.

Mas, coisa curiosa, com o passar do tempo, vão-se apercebendo de que os portugueses já não são aqueles medrosos aos quais se tinham habituado no tempo da ditadura, naquele regime fascista e repleto de pides, embora tentem ainda atropelar a democracia conquistada em Abril de 1974.

Mas, de forma insinuosa e insidiosa passam a vida a tentar distorcer os valores democráticos enquanto tentam voltar a pôr a pata sobre os cidadãos, acenando-lhes com “o papão” da pobreza, na qual se encontram desde há muitos anos, pois nem mesmo a Revolução dos Cravos conseguiu, apesar de ser a vontade dos Gloriosos Capitães, equilibrar, uma vez que tudo era pouco para saciar s suas necessidades e o povo, como se tinha habituado a ser pisado, e como já estava habituado  isso, tudo deveria manter-se.

Mas, e apesar de tudo, os órgãos de comunicação social falada e escrita, conseguiram abrir os olhos e os ouvidos do povo, assim como aqueles partidos políticos que, à custa de perseguições, de mortes, de prisões arbitrárias lutaram sempre para libertar o povo da canga que lhe haviam colocado sobre os ombros.

Ou seja, o povo foi-se emancipado, foi compreendendo o que estava bem ou mal. Errado, decidiu começar a escolher por ele próprio, embora durante as campanhas eleitorais simulem oferecer viagens e jantaradas, que todos pagam através dos impostos, que os partidos políticos recebem para continuarem  mentir descaradamente aos portugueses. E depois?

Depois, quando são ultrapassados os limites da decência política, e após ter permitido imensos devaneios, diz e nega, avança e recua praticados pelos políticos no poder, outra solução não resta a um presidente especialista em tabus de longos silêncios, tomar uma atitude que, todavia, nada resolve, pelo contrário, tudo agrava.

Porque, em vez de ser mostrado o devido respeito pelos cidadãos, tudo se limita à costumeira meia dúzia que tudo “engole” e a quem importa se mantenha do mesmo lado da barreira, a que mais convém aos designados políticos dominantes.

Daqui lanço um elogio ao deputado Alberto Martins que, em palavras claras e simples soube dizer que um governo de Salvação Nacional deve ser composto por todos os partidos com assento parlamentar, uma vez que todos se sujeitam ao voto do povo e podem, portanto, ser úteis à sociedade.


Sem comentários:

Enviar um comentário