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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

«SEGURANÇA SOCIAL PORTUGUESA»

Encontra-se sob a tutela do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social. Trata-se de um organismo criado pelo Estado para prover condições de vida a todos os cidadãos. Par tal, é retirada uma percentagem em todos os rendimentos de trabalhadores dependentes, independentes ou pessoas colectivas, de modo a criar um fundo comunitário.

Esse fundo existe para situações de desemprego, reformas pensionárias, rendimento social de inserção, prestações familiares, cuidados de saúde e outras regalias sociais.

Em Portugal, a SS é composta por dois sistemas: o providencial e o de Protecção Social e Cidadania, composto por três  subsistemas: Acção Social, Solidariedade e Protecção Familiar.

Os princípios gerais do sistema são:

- Princípio da universalidade; consiste no acesso a todas as pessoas à protecção social assegurada pelo sistema, nos termos definidos por lei;

- Princípio da igualdade; consiste não na discriminação dos beneficiários,  designadamente em razão do sexo e da nacionalidade, sem prejuízo, quanto a esta, de condições de residência e de reciprocidade;

- Princípio da solidariedade; consiste na responsabilidade colectiva das pessoas entre si na realização das finalidades do sistema e envolve o concurso do Estado no seu financiamento, nos termos definidos pela Lei nº 4/2007, de 16 de Janeiro;

Os objectivos prioritários do sistema de SS são:

- Garantir a concretizção do direito à Segurança Social;

- Promover a melhoria sustentada das condições e dos níveis de protecção social e o reforço da respectiva equidade;

- Promover  a eficácia do sistema e a eficiência da sua gestão.

Ora, soube-se ontem à noite que a Segurança Social vai comprar dívida ao Estado Português, o que ganha um aspecto de inconstitucionalidade, de injustiça social e de ilegalidade gritante, pois, não cumprindo actualmente com as suas reais funções, irá ainda colocar em risco todas elas, se se concretizarem essas compras de dívida pública.

Poderá ser o fim da Segurança Social, que não foi criada para se substituir aos privados que, esses sim, poderiam adquirir acções da dívida pública.

Parece que o actual governo ainda não aprendeu a respeitar quer a cidadania em geral quer a Constituição, pretendendo dar mais algumas machadadas fatais nos direitos dos cidadãos portugueses.

Penso que quer os partidos da oposição quer os sindicatos terão muito a dizer e a fazer sobre este assunto, pois se o acordo foi assinado ainda pelo então ministro das finanças, Vitor Gaspar, alguém o deveria ter aconselhado a recuar nas suas pretensões.


Espero que o Tribunal Constitucional tome as decisões que se impõem em defesa da equidade e da solidariedade, mas também pelo respeito aos cidadãos nacionais.

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