Que seja difícil, e portanto grave, um caso
político não nos deve, porém, desesperar, e ainda menos atemorizar. O medo de
agir mal ou muito tarde, ou não agir de forma nenhuma, não fará mais do que
piorar uma situação, da qual um pouco de reflexão e de firmeza poderiam
livrar-nos.
Inicialmente, compreender, depois querer com
determinação, e, graças a esses dois
remédios, enfrentar os casos realmente desesperados.
Que ocorreu, então, para dizer o que digo?
Ora, nada mais nada menos que a comparticipação de Portugal com 74,7 milhões de
euros para segundo resgate à Grécia, enquanto que em Portugal aumenta a fome e
a miséria.
Como se nada fosse, o governo português
decidiu comparticipar na solidariedade àquele país, não querendo saber do modo
como se limitam a sobreviver cerca de 2,5 milhões de cidadãos nacionais, entre
os quais crianças e velhos.
De início, quando li a notícia, pensei que os
meus olhos me enganavam. Esfreguei-os e voltei a ler podendo ver de novo.
Efectivamente, trata-se de 74,7 milhões de euros para a Grécia, e que se f… “lixem
os portugueses”.
Se estivéssemos mais cônscios do princípio de
que a solidariedade deve começar dentro de portas, estaríamos menos inclinados
a aceitar, com toda a submissão, semelhantes decisões de um governo
incompetente e que nada se importa com a forma como vivem os cidadãos
nacionais.
Parecem individualidades inacabadas e que
buscam; estão à procura de um equilíbrio definitivo, na miséria e na pobreza,
par a cidadania nacional.
Aliás, já nos disseram que irão suavizar a
vida da cidadania, cortando apenas salários e pensões a partir dos 600 euros.
Os grandes salafrários!
Certamente que, se instados a explicar-se
acerca de assunto tão escabroso, jamais admitirão, sem revolta, que as coisas
se passarão desse modo. E, desatarão a inventar mais mentiras que mais tarde se
comprovarão.
Parece que sentem orgulho na conquista rápida
e querem observá-la como obra exclusivamente sua, melhor ainda, como sua
obra-prima.
E depois, falam de todos os esforços feitos
pelos portugueses, que são o melhor povo do mundo e que possuem as mais altas
virtudes.
Se muitos se atemorizam face a semelhante
espectáculo dos nossos excelsos governantes – o que se compreende – há também
os que se espantam e não mais sabem como agir mediante mais esta demonstração
megalómana dos nossos mui estimados políticos que, além da Grécia, ajudarão
também, com alguns milhões, o presidente do Panamá no combate à fome, enquanto
os cidadãos portugueses já não podem apertar mais o cinto, por falta de espaço
para fazer mais uns buracos.
Trata-se de uma escolha definitiva que
orienta a sua – deles – vida!, mas que arruína totalmente a vida dos cidadãos
mais pobres e carentes.
Depois criticam e colocam de lado s forças
políticas de esquerda, ouvindo-se também o estrondoso silêncio de um PS amorfo
e acéfalo.
Sem comentários:
Enviar um comentário