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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

«CASOS POLÍTICOS GRAVES»


Que seja difícil, e portanto grave, um caso político não nos deve, porém, desesperar, e ainda menos atemorizar. O medo de agir mal ou muito tarde, ou não agir de forma nenhuma, não fará mais do que piorar uma situação, da qual um pouco de reflexão e de firmeza poderiam livrar-nos.

Inicialmente, compreender, depois querer com determinação, e, graças  a esses dois remédios, enfrentar os casos realmente desesperados.

Que ocorreu, então, para dizer o que digo? Ora, nada mais nada menos que a comparticipação de Portugal com 74,7 milhões de euros para segundo resgate à Grécia, enquanto que em Portugal aumenta a fome e a miséria.

Como se nada fosse, o governo português decidiu comparticipar na solidariedade àquele país, não querendo saber do modo como se limitam a sobreviver cerca de 2,5 milhões de cidadãos nacionais, entre os quais crianças e velhos.

De início, quando li a notícia, pensei que os meus olhos me enganavam. Esfreguei-os e voltei a ler podendo ver de novo. Efectivamente, trata-se de 74,7 milhões de euros para a Grécia, e que se f… “lixem os portugueses”.

Se estivéssemos mais cônscios do princípio de que a solidariedade deve começar dentro de portas, estaríamos menos inclinados a aceitar, com toda a submissão, semelhantes decisões de um governo incompetente e que nada se importa com a forma como vivem os cidadãos nacionais.

Parecem individualidades inacabadas e que buscam; estão à procura de um equilíbrio definitivo, na miséria e na pobreza, par a cidadania nacional.

Aliás, já nos disseram que irão suavizar a vida da cidadania, cortando apenas salários e pensões a partir dos 600 euros. Os grandes salafrários!

Certamente que, se instados a explicar-se acerca de assunto tão escabroso, jamais admitirão, sem revolta, que as coisas se passarão desse modo. E, desatarão a inventar mais mentiras que mais tarde se comprovarão.

Parece que sentem orgulho na conquista rápida e querem observá-la como obra exclusivamente sua, melhor ainda, como sua obra-prima.

E depois, falam de todos os esforços feitos pelos portugueses, que são o melhor povo do mundo e que possuem as mais altas virtudes.

Se muitos se atemorizam face a semelhante espectáculo dos nossos excelsos governantes – o que se compreende – há também os que se espantam e não mais sabem como agir mediante mais esta demonstração megalómana dos nossos mui estimados políticos que, além da Grécia, ajudarão também, com alguns milhões, o presidente do Panamá no combate à fome, enquanto os cidadãos portugueses já não podem apertar mais o cinto, por falta de espaço para fazer mais uns buracos.

Trata-se de uma escolha definitiva que orienta a sua – deles – vida!, mas que arruína totalmente a vida dos cidadãos mais pobres e carentes.  

Depois criticam e colocam de lado s forças políticas de esquerda, ouvindo-se também o estrondoso silêncio de um PS amorfo e acéfalo.



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