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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

«SENHOR PEDRO PASSOS COELHO»

Sou do tempo em que o termo “saloio” poderia, se aplicado “convenientemente” tornar-se num insulto grave, sobretudo se aplicado cá no norte, “carago”.

É que isso da saloiada costuma aplicar-se mais em Lisboa a capital administrativa de Portugal, uma vez que era comummente aplicado – o termo – ao habitante natural das zonas rurais, no início do século XX à volta de Lisboa, designada também “região saloia”.

Esta região compreende vários concelhos, sendo os seus limites discutíveis. Alguns autores definem como região saloia os concelhos de Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Loures, Mafra, Odivelas, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.

“Çaloio” ou “çalaio” era o tributo que se pagava do pão cozido na corte e Patriarcado de Lisboa. Çaloio era também o nome que se dava aos mouros da seita “çalá” e, no começo da nacionalidade era o nome que se dava aos descendentes dos provençais, colonos oriundos de Salles d’Ande.

No passado, os seus habitantes viviam da agricultura, praticada em hortas e pomares, e do comércio de produtos agrícolas em mercados e na cidade de Lisboa. Ainda hoje se situa nesta região o mercado que mais carne de bovino fornece à capital a Feira de Malveira.

As mulheres ganhavam mais algum dinheiro como lavadeiras das famílias abastadas de Lisboa. Desses tempos em que muitas aldeias se enchiam de peças de roupa a secar ao sol, ficou o termo “Aldeia da Roupa Branca”, que até se tornou um título de um filme dos anos 30 do século passado sobre esta região.

Com produtos agrícolas de excelência – frutas, hortaliças, coelho, aves, ovos, queijo, caça… - esta zona desenvolveu tambéwm uma gastronomia bastante variada e rica, sobressaindo as receitas de coelho, aves e porco. O queijo fresco ainda hoje é muito apreciado em todo o país.

A maneira de trajar também era muito própria, incluindo o colete e o barrete que até há poucos anos era usado por pessoas mais velhas nalgumas das aldeias.

A origem destes habitantes do distrito de Lisboa é discutível, sendo actualmente aceite que tiveram origem nas comunidades mouras que, saindo da cidade de Lisboa para as zonas rurais após a reconquista Cristã (1147) por Afonso Henriques, se dedicaram à agricultura e ao pequeno comércio.

Nos dias de hoje, a região saloia está bastante descaracterizada, tendo alguns concelhos deixado a ruralidade do passado, tornando-se zonas urbanas, como Amadora, Odivelas e partes significativas de Loures, Sintra, Mafra e Torres Vedras.

As tradições e formas de vida tradicionais perderam-se no passado recente e os actuais saloios (principalmente as novas gerações) em nada se distinguem dos lisboetas, nem dos habitantes de Oeiras e Cascais.

Como pretendeu atingir o actual líder do PS, mimoseando-o com essa de “esperteza saloia”, talvez que ele pudesse retribuir com uma de “coimbrão”, cujas mulheres são as tricanas.

Sabendo que o senhor Seguro sempre se apresenta às eleições por Braga, antiga “Bracara Augusta”, no tempo dos romanos, e o senhor, cujos ancestrais são oriundos de Trás-os-Montes, Vila Real, poderiam tratá-lo de “ravesano” ou, de possuir uma esperteza ravesana uma vez que deixou Coimbra muito cedo, rumando a Angola.

A política portuguesa, através dos seus agentes, como o senhor Pedro – exemplo vivo – atingiu um nível de patamar tão baixo como nunca se viu.

Insultos aos adversários que lhe dão com os pés… e siga a rusga.., que recusam estender-lhe a mão quando até o presidente da República tentou, à sua maneira, criar uma espécie de plataforma de Salvação Nacional.

Logo, o senhor Seguro tornou-se, para si e uma vez que recusou fazê-lo, isto é, servir-lhe de suporte, num indivíduo cuja esperteza já é saloia sendo, no entanto, alguém que soube ver a tempo que eram horas de arrepiar caminho, apesar de todos nos seus esforços, isto é nenhuns, para o glorificar no poder.

Penso que os portugueses, tenham ou não votado em si, tenham ou não votado no senhor Seguro, tenham ou não votado no PCP ou na CDU ou ainda no BE, devem merecer da sua parte todo o respeito e não esse ódio latente que sempre o acompanha.

Acha, senhor Pedro, que está a desempenhar cabalmente as suas funções? Considera-se alguém que possa merecer o respeito dos saloios, dos ravesanos, dos minhotos ou algarvios? Faça as malas e parta para todo o sempre.



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