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sábado, 7 de setembro de 2013

Constitucional impede candidatura do Partido Trabalhista Português a Sintra

O Tribunal Constitucional (TC) decidiu negar provimento a um recurso do Partido Trabalhista Português (PTP), confirmando a decisão do Tribunal de Sintra que impede a candidatura do partido àquele município.

De acordo com o acórdão, publicado hoje no ‘site’ do TC, a decisão que impede a candidatura de João Massena foi votada pelos conselheiros Maria João Antunes, Maria de Fátima Mata-Mouros, Catarina Sarmento e Castro, Maria José Rangel de Mesquita, João Cura Mariano, Pedro Machete e Maria Lúcia Amaral.

O TC confirma a decisão do Tribunal de Sintra, que recusou a candidatura do PTP à câmara por considerar que a candidatura enviou os documentos originais fora do prazo limite, justificando na ocasião que foi "extemporâneo (e incompleto) o suprimento das irregularidades processuais detetadas".

De acordo com o Tribunal de Sintra, o partido remeteu a sua candidatura por correio eletrónico, "sendo esta constituída de mera com identificação dos candidatos e cópia da certidão emitida pelo Tribunal Constitucional", quando por lei têm de anexar uma certidão do TC, uma certidão de inscrição dos candidatos no recenseamento eleitoral e declarações de candidatura.

Depois de notificado o mandatário para, "em três dias, juntar os documentos" em falta, "veio este fazê-lo às 16:30 do dia 13 de agosto, no dia seguinte ao prazo concedido e previsto no artigo 26º, n.º 3 da Lei 1/2001".

De acordo com a decisão do Constitucional, no acórdão datado de quinta-feira, o PTP foi notificado a 08 de agosto (quinta-feira) para suprir irregularidades com a obrigatoriedade de o fazer no prazo de três dias mas, ao dar cumprimento ao despacho a 13 e 14 de agosto, "é manifesto que o suprimento foi extemporâneo".

Desta forma, o tribunal refere que foram supridas as irregularidades já depois de expirado o prazo legalmente fixado, uma vez que esse prazo era "contínuo" (o sábado e domingo são contabilizados).

Contactado pela agência Lusa, João Massena afirmou que a decisão do Constitucional "é soberana", mas que o PTP irá concorrer a Sintra em 2017.

"É uma decisão soberana do tribunal, temos que a acatar, mas enquanto cidadão não concordo com ela", disse, adiantando que o partido é candidato apenas à junta de Queluz.

Na corrida à Câmara de Sintra candidatam-se Marco Almeida (independente), Pedro Ventura (CDU), Basílio Horta (PS), Luís Fazenda (BE), Barbosa de Oliveira (independente), Nuno da Câmara Pereira (PND), Pedro Pinto (PSD/CDS-PP), António Laires (PCTP/MRPP), José Lucena Pinto (PNR) e Nuno Azevedo (PAN).

A Câmara de Sintra é presidida por Fernando Seara, eleito pela coligação Mais Sintra (PSD/CDS-PP) nas eleições de 2009, que agora se candidata à autarquia de Lisboa.

O atual executivo municipal de Sintra é composto por seis elementos da coligação PSD/CDS-PP, quatro do PS e um da CDU.


=Jornal i=

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