Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

«PARCERIA “TROIKA/GOVERNO” PORTUGUÊS?»

Sabendo como se encontram as finanças em Portugal, francamente que não se compreende como podem os membros do governo partir para Bruxelas, depois Berlim e ainda depois, para os Estados Unidos.

Maria Luís e Paulo Portas partiram,  foram recebidos pelo compatriota Durão Barroso, nós pagamos tudo e mais alguma coisa, e para quê? Para que, dentro de dias sejam os membros da dita troika a invadir-nos, de novo, com mais um bom pacote de restrições e de austeridade.

Pode dizer-se que o duo nacional foi encomendar o sermão, para que sejamos, de novo, submetidos a mais austeridade, mais cortes,  mais despedimentos, mais palavreado a denegrir o Tribunal Constitucional, sem que o presidente da república tenha dito fosse o que fosse.

O que é certo, é que para eles gastarem indiscriminadamente em viagens pelo mundo, sofrem os cidadãos que se vêm obrigados a apertar sempre mais o cinto, mesmo que já não haja mais espaço para buracos onde encaixar a fivela.

Estas atitudes dão a entender existir uma espécie de parceria, em que os membros do governo só dão o mote e depois, os da troika, com o recado bem ensaiado e decorado, chegam cá, são recebidos como príncipes e se limitam a dizer o que não devem. Nós, como é apanágio do governo, limitar-nos-emos a obedecer, continuando a criticar os Juízes do TC, que não sabem prever os dias de amanhã.

Bem que o Paulo, sim, o das feiras e que ultimamente tem sido vaiado também, encenou um drama, uma crise governativa com a sua irrevogabilidade se, entretanto, Pedro não lhe oferecesse o lugar de vice-primeiro e a supervisão da área económica, inventando mais um ministro e tudo, que pertence ao mesmo partido que o “feirante”.

Numa altura em que mais de muitos cidadãos vivem na fome e na miséria, eles encontraram um novo modelo de diversão, irem ao encontro dos troikanos, dizerem-lhes o que deles pretendem, para que depois sejam eles a falar quando se deslocarem até cá, afirmando que embora no bom caminho, a austeridade e os cortes são, não apenas para manter, como para aumentar.

Isso é o que nos dirão depois, pretendendo que nos calemos e aceitemos sem que seja quem for recorra ao referido tribunal (TC) e talvez que o presidente da República volte à carga com mais umas reuniõezitas, frisando bem ser necessário um acordo de Salvação Nacional, para evitar um novo resgate.

Entretanto, Pedro manter-se-á calado, nada dirá acerca do escabroso assunto, remetendo para o regresso do duo nacional, que com ele dirão ao país tudo o que se não passa, tudo o que nem foi dito ou nem sequer pensado, tentando na Assembleia da República o que não foi conseguido antes, isto é, aqueles dois terços de “sim”, tão desejados pelo senhor Aníbal e pelo senhor Pedro, para evitar dar mais satisfações ao TC.

E, assim, teremos consumado o golpe palaciano de que há tempos a esta parte se vem falando nas conversas de café.


«Não! Portugal não pode ser uma nova Grécia, podendo os portugueses, todavia, ver-se gregos para manter a dignidade devida a todo o ser humano à superfície da Terra”

Sem comentários:

Enviar um comentário