Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

«AS REFORMAS DO GOVERNO PORTUGUÊS»

Está mais que provado que reina o descontentamento em Portugal, que impera a fome e a miséria, que o pior estará ainda para chegar. Isto porque o líder do governo se importa mais com a sua imagem em Bruxelas que entre a cidadania.

Temos tido dias funestos e de grandes dificuldades, de roubos nos salários, nas pensões e nos subsídios de desemprego e de reinserção social, nos abonos de família, não escapando nem os deficientes com pensões moderadas. 

Entretanto, alguns gozam de estatuto diferente do resto do pessoal, graças ao neo-liberalismo e às preferências do primeiro-ministro, que alega temor ao desenacadear de uma crise sistémica.

Entretanto, na Croácia encerram dois bancos, e a vida continua com respeito pelo povo, em especial os menos favorecidos.

Passos Coelho não possui a sensibilidade social que se exigia de alguém que prometeu e mentiu aos seus eleitores logo que eleito.

Aliás, quando a Agência de rating, Standard & Poors considerou que Portugal se encontrava na zona de lixo, vindo recentemente a admitir, voluntariamente ou não, de apoiar um país que, cansado pelo rigor das reformas, pleita por obter da parte de Bruxelas novos prazos para atingir mais tempo para atingir os seus objectivos de redução do défice público.

A argumentação que justifica esta avaliação agrada ao governo português, que todavia recusa fazer uma lista acerca de hipertrofia social, do desemprego em massa, recessão e fortes tensões sociais, a S&P considera como adquirida uma grande clemência por parte da troika, de quem o governo português se considera um bom aluno (discípulo), apesar de saber que se limita a agir contra o povo português e cada vez com mais rigor e insensibilidade.

DE modo algum se preocupa com o alongamento dos prazos de reembolso dos empréstimos devidos à Europa e ao FMI, o que foi alvo de conversação com os ministros das finanças da zona euro, no que respeita a Portugal e à Irlanda. Apesar disso, há que ver que nem sempre, isto é, nunca, a Europa mantém as suas promessas, devido à benevolência de um primeiro-ministro que se prefere de bem com Frau Merkel que com o povo do seu país.

Todos sabemos que podemos obter o alongamento dos prazos para trazer o défice a um nível aceitável. Só que, o senhor Pedro não se poupa a esforços para dificultar cada vez mais a vida aos cidadãos, mesmo tendo conhecimento sobre a fome e a miséria que o aflige sobremaneira, o que tem conduzido a população ao cansaço e à tragédia social.

No passado dia 2 de Março, viam-se cartazes onde podia ler-se “Que se Lixe a Troika!” num país portanto pouco contestatário, o que serviu de alerta. Não escapou a ninguém que, entre as centenas de milhares de manifestantes se cantava “Grândola Vila Morena”, canção que foi uma das que formaram o código de desencadeamento da Revolução dos Cravos em Abril de 1974.

Face ao que se passava na rua, o governo em queda de popularidade, sentiu-se diminuído.

E, na quarta-feira seguinte ante os deputados da Assembleia da República, o senhor Pedro optou pela firmeza e pelo custe o que custar, mais uma vez, e prosseguir o trabalho de destruição total do Estado Social, embora consciente do mal-estar da população, como se estivesse a jogar ao “caras ou coroa”, afirmando: “Não  governo em função das manifestações e dos protestos.E, podem crer que continuarei com toda a firmeza.”

Ora, foi aqui que faltou o PS, como se se tivesse sumido terra dentro, o que ainda se faz sentir sobretudo com a estratégia adoptada pelo maior partido da oposição, que preferiu meter-se nas encolhas, em vez de saber ocupar o seu lugar de “líder da oposição”.

Como pode agora pretender o PS regressar ao poder em Portugal? Se até então lhe era difícil, agora parece mesmo impossível, devendo os portugueses saberem distinguir entre aqueles que defendem realmente os valores universais dos direitos do povo e aqueles que preferem a sombra, como é o caso dos três partidos colaboradores da troika, o que compromete seriamente a independência nacional.




 




Sem comentários:

Enviar um comentário