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sábado, 1 de junho de 2013

«O VOTO CONTRA DO PS NO RECTIFICATIVO»

Pela voz do líder do PS, António José Seguro, os portugueses ficaram a saber que este partido votará contra a proposta do governo, porque se trata de mais do mesmo e de mais austeridade, por manter o rumo das políticas erradas que destroem as economias.

De um Partido Socialista, seria de esperar que falasse do “social”, de todas as dificuldades impostas aos portugueses de menores recursos – os outros estão-se nas tintas – pois claro, porque a esses o actual governo mantém as isenções em nome da competitividade, mas continua a aumentar cada vez mais o desemprego, como continuam a aumentar “as sopas dos pobres”.

Apesar de manterem o OE2013 e o OE2013/Rectificativo no segredo dos “deuses”, ambos convergem para uma maior austeridade imposta aos cidadãos de menores recursos, aos reformados e aos jovens sem cartão dos partidos da maioria.

O senhor Pedro disse há dias que seria aberta uma bolsa de emprego para «doutorados» - sem explicitar se os licenciados seriam também contemplados, o PS nada disse, nada fez, mostra um discurso ambíguo, que tanto serve a direita como a esquerda.

Nem sei como consegue equilibrar-se sobre a corda-bamba, mas uma coisa sei: o PS, a continuar como até aqui, e apesar dos esforços dos seus velhos históricos, mantem um rumo errado e incapaz de fazer frente séria ao actual “carrasco” dos portugueses.

É verdade que o actual governo não está só, é verdade que tem a prestimosa colaboração do inquilino do palácio de Belém, é verdade que a UGT pretende dar um novo ar da sua graça, mas não basta.

É imperioso que o PS retome o rumo certo, juntando-se às forças de esqquerda, que os portugueses se sintam apoiados e protegidos por essas mesmas forças, sem titubeios por parte do PS que, pela voz de Carlos Zorrinho mostrou cabalmente que o partido está cada vez mais desnorteado.

Falam, falam e voltam a falar, mas nada de novo dizem, pois também eles se sentem comprometidos com os interesses capitalistas e com os detentores do capital. Ora, pretender usar o povo como pontas de lança em manifestações e em greves para poderem atingir certas metas, se torna vergonhoso; sobretudo quando mantêm o mesmo discurso mas não os mesmos actos, que se contradizem entre si, lançando ainda mais a confusão entre os cidadãos, que se perguntam:

“Então, como é possível dizerem hoje uma coisa e amanhã, ou logo, fazerem uma outra totalmente diferente?”

É que, senhores “socialistas” do PS, que vão reunir-se no estrangeiro com sociais-democratas e até já dão a entender um compromisso com um dos partidos da maioria, o CDS, afirmando estarem abertos a uma ampla frente congregando partidos da esquerda mas também da direita, numa miscelânia que ninguém entende, como podem pretender afirmar-se como um partido que possa preencher as lacunas existentes entre o Centro e a própria esquerda?

Em que ponto pretendem colocar-se? Enquanto não fizerem o PS regressar ás origens e fazer com que os portugueses do povo compreendam o que realmente pretendem, de nada servirão certos discursos, que podem soar bem aos ouvidos dos incautos mas que no caso de tomarem o poder demonstrarão que é o capital e a sua força a única que lhes interessa.

Lamentavelmente, é o que se passa, sendo necessário abrir bem os olhos e os ouvidos a todos os movimentos e discursos que deveriam ser totalmente ao contrário do que são.


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