Feito o acordo entre Seguro e Costa, e com a
pacificação interna assegurada, o PS marca o arranque das autárquicas em
Lisboa, com uma Convenção Autárquica, já a 22 deste mês, marcada para o Coliseu
dos Recreios. António Costa terá o palco principal: será ele a fazer o discurso
de abertura, marcando o tom na estratégia de uma eleição fundamental para
Seguro. A unidade voltará a ser lema.
A convenção será um autêntico desfile de candidatos,
que falarão durante toda a tarde. No final, aprovar-se-á uma declaração de
princípios, que deve guiar os autarcas socialistas. “Menos virada para as
infra-estruturas, nisso o essencial está feito, e mais para o desenvolvimento
económico e para as políticas sociais”, diz Rui Solheiro, líder dos autarcas do
PS.
Mas nas autárquicas nem tudo é perfeito para o
partido. Ontem soube-se de mais um militante que avançará contra o partido, no
Porto: o ex-presidente da câmara Nuno Cardoso. O líder da federação, José Luís
Carneiro, reagiu logo colando-o à candidatura de Filipe Menezes.
Noutro plano: agora que também o grupo de deputados
deixou de ser notícia pelos actos de rebeldia contra a direcção, as jornadas
parlamentares voltaram à área da capital. Nos dias 20 e 21, Oeiras e Sintra
recebem os deputados, para um balanço da governação. “Queremos dar um sinal ao
país. Dois anos depois, este Governo está esgotado”, explica Zorrinho.
Já a nova direcção do PS – alargada a elementos
próximos de António Costa – mantém para já a mesma divisão de funções. No órgão
executivo de Seguro, começou esta semana a ser discutida a divisão de tarefas:
entre os novos elementos, Jorge Lacão e Francisco Assis, ficam sem pasta e
também Idália Serrão, candidata à presidência da Câmara de Santarém, deve estar
liberta de responsabilidades sectoriais.
Lacão diz ao SOL que “tinha ficado combinado” que não
teria funções específicas. Quanto ao outro dos novos elementos, João Proença, a
solução é diferente. A sua experiência em temas sociais e sindicais será
aproveitada. O ex-líder da UGT já esteve na delegação de Seguro, nos encontros
que o líder do PS manteve com parceiros sociais. De resto, “fica tudo mais ou
menos na mesma”, segundo um dos elementos do ‘governo’ de Seguro. Um executivo
que foi alargado a 18 elementos por o líder não querer prescindir de nenhum dos
seus fiéis.
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